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Oi, Ana
Rutinaldo Miranda Batista Jùnior


   Eu não te conheço. E você não me conhece. Mas, olha só. Resolvi que vou te chamar de Ana. Tudo bem, não ache logo que sou um maluco. Pelo menos, não assim, tão rápido. Provavelmente, eu sei que você não se chama Ana. E se for mesmo Ana, maravilha! Que grande coincidência! Foi um belo chute. Mas também pode ser que você nem seja mulher. E eu esteja diante de um... como é que seria?... de um... Ano? Não, isso ficou horrível demais. Tem cara de piadinha sem graça. E que tal Anus? Credo!, agora que virou mesmo uma bosta de nome! Literalmente. Vai ser Ana, meu camarada. Você é a Ana. E ponto final. Nem adianta reclamar. Aceita que é melhor. Sem mais complicação. E olha que nem entrei na pacífica questão de gênero.

   Então, minha Ana querida, como vai? Bem, eu imagino. Você tem um nome tão simples. Três letrinhas somente. E eu acredito no poder das palavras. No infalível poder da Numerologia. Na verdade, eu não acredito porcaria nenhuma. Mas, se eu já te fiz acreditar que se chama Ana, o resto é moleza. E cá pra nós, Ana é um nome poderoso. Faça um teste bem simples. Diga bem devagarzinho: A-N-A. Sentiu uma coisa diferente? Uma coisa esquisita dentro do peito? Não, não é o seu coração. Pode tentar de novo. Vamos lá. Diga outra vez: A-N-A. Isso, repita assim, de uma forma bem lenta e idiota. Quem sabe, acabe sentindo realmente. Eu não senti, nada. Mas você não sou eu. Esse insignificante e desprezível mortal. Você é a Ana, lembra? E as Anas podem tudo.

   Infelizmente, uma Ana é uma eterna injustiçada. Desde que aquela invejosa e despeitada da... como é mesmo o nome daquela criatura? Sim, Eva. Pois bem, desde que a tal de Eva roubou seu homem, subornando com uma maçã, a Ana ficou de escanteio. Jogada deprimida num canto obscuro. Na sarjeta ordinária da Humanidade. E ela bem que merecia ser a primeira mulher do mundo. Ao menos, em ordem alfabética, estaria mais certo. Mas ninguém entende o destino. Esse cruel e insensível motorista do mundo (Uau! Essa foi uma frase de efeito!). Enfim, não vale a pena se estressar. O que importa é que você tem esse nome fantástico. A-N-A.


Biografia:
Alguém que,às vezes, gosta de escrever.
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Outros títulos do mesmo autor

Crônicas A Beleza da Feiura Rutinaldo Miranda Batista Jùnior
Poesias Oi, Ana Rutinaldo Miranda Batista Jùnior
Crônicas BONECO INFLÁVEL Rutinaldo Miranda Batista Jùnior


Publicações de número 1 até 3 de um total de 3.


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