Não quero mais escrever
Não quero mais ter amigos
Não quero ler,
Mais, as poesias dos poetas
Que consideram-me
Estimo
Respeito
Tenho apreço!
Que sou fã de carteirinha
Não
Não!
Entendam
Quero tá quieta no meu canto
Façam de conta que nunca me viram
Ouviram,
Façam de conta que nunca li,
suas sofridas letras
Lamúrias
Dores
Angústias,
O qual já chorei por vós
Rezei por vós
Sofri com vós,
Vivam felizes
Eu vibro
Eu torço
Eu canto
Estarei a sorrir sempre
Pois, aprendi
Que tristeza matou a muitos
Nunca serei triste!
Entendam
Preciso que saibam
Não iria embora,
Sem dizer-vós
Considero-os demais!
Preciso ir uma missão
Jamais poderei iludir-me com palavras
Meras poesias,
Enganadoras dos sentidos
Na veracidade
O dever do real me chama!
A poesia me íntima
Intimida
Reclama
Insiste a levitar em fuga
Subterfúgios
Chega!
Basta!
Não posso
Não quero
Não devo!
Vou resolver o que tenho
Que resolver
Eu preciso
Eu necessito
Na ESCRITA dá prazer de um minuto!
Não
Não
Pra que um minuto deste prazer?
E uma eternidade
De tormentas!
Não sintam minha falta por hora
Eu voltarei!
Quando estiver sóbria
E não na embriaguez desta escritas morta!
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