e lá pareço
como sou,
e lá sou o que
pensam o que não sou?
e lá ligo prá os que
vão cheios de glórias ?
e voltam imersos
na solidão a cada
meia hora ?
pelos ozônios
que nos cercam !
não sou o que sou,
não sou jardim de cheirar,
ou sol de rolar cor,
não sou pão de natal
nem champanha de beber.
mas, afinal quem sou?
pax vobis!
é até castigo !
parem de me chamar
de assim-assim,
porque me enterro
em seu corpo,
e viro ora-ora que usa
até de entrelaços
prá perceber
seu cheiro de
vestido !
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