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BATE bate CORAÇÃO
Tânia Du Bois



“Os poetas sabem porque Todas as palavras não dizem nada quando dizem o que o coração não diz”.                     (Lígia A. Leivas)

     Existe coisas na vida que são impossíveis descrever; porque a emoção em ver alguém que desejo ou senti-lo perto é grandiosa e faz meu coração bater mais e mais forte, como canta Elba Ramalho: “Bate, bate, bate coração / Dentro desse velho peito / você já está acostumado / A ser maltratado, a não ter direitos // Bate, bate, bate coração / Não ligue, deixe quem quiser falar / Porque o que se leva dessa vida, coração / É o amor que a gente tem pra dar...”
     Em cada gesto e em cada olhar sinto a mudança e a expectativa de que um dia “nos veremos de novo” e será uma nova emoção. Essa sensação ninguém me tira, apenas a tenho, como em Pixinguinha, “Meu coração, não sei por que / Bate feliz quando te vê / E os meus olhos ficam sorrindo / E pelas ruas vão te seguindo,...// vem matar essa paixão / Que devora o coração / E só assim então serei feliz, / Bem feliz...”.
     Em cada lembrança sinto como se você estivesse presente, o que comparo ao raio de Sol, que é a pulsação da pura emoção; como se estivesse num campo com trigo, com dourado reflexo e o vento tocasse meu corpo. Carmen Presotto descreve, “Essa tua voz macia / que ao cantar me acaricia /... aí coração, bate / brinca canta ama / faz alarde, seduz...”.
     Marina Du Bois pergunta “De quem foi a ideia de deixar-nos ter recordações? Especialmente aquelas que se avivam com um cheiro, uma canção, um lugar, uma palavra. Estas deveriam ser banidas, pois são crimes hediondos, tamanha é a dor por ela causada. Talvez a culpa seja nossa. Sim minha, sua e de todos aqueles que amam ou amaram, ou ainda, foram amados...” Trago a emoção em cada batida do coração, mas me é difícil descrever o quanto cada palavra dita, rescrita é luz e liberdade. Marina Du Bois, ainda: “Teu amor / me faz forte e/ me enfraquece. / Descompassa o meu coração / ao mesmo tempo que o enternece. / ...só de pensar me dá um frio / e, neste momento, nem sinto mais / os meus batimentos...”
     Quantas vezes meu coração “fala” mais alto que a razão,      quando não está preparado emocionalmente ou nem pensa em desejar o amor com tamanho grau de grandiosidade? O pensamento leva à emoção, que me renova as lembranças e altera as batidas do coração, que ele manda e comanda os meus atos. Horácio Costa revela, “No ritmo da minha pulsação / Que sobre o vazio penso / Em ti”.
     Meu coração bate mais forte quando escuto razões para amar e ser amada. Poder rever o amado, ser vista e lembrada é das mais fortes emoções. Cada minuto que revivo são horas de sentidos e sentimentos. Nas palavras de Lúcia P. Góes, “Bate , coração, bate // Minha gente, / eu sou o coração / que bate, bate, /...que faz viver, / que faz sonhar, / que faz amar, / ...que apressa o coração, / meu tic- tac danado, / que é desejo acelerado / de viver pra sempre / junto do amado...”


Biografia:
Pedagoga. Articulista e cronista. Textos publicados em sites e blogs.Participante e colaboradora do Projeto Passo Fundo. Autora dos livros: Amantes nas Entrelinhas, O Exercício das Vozes, Autópsia do Invisível, Comércio de Ilusões, O Eco dos Objetos - cabides da memória , Arte em Movimento, Vidas Desamarradas, Entrelaços,Eles em Diferentes Dias e A Linguagem da Diferença.
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