Inicia a procura.
Arco-íris dentados
Revolvendo a terra em busca de seres,
Lua lança um hálito frio de morte
Em forma de pedras — muitas lástimas —
Neste dia que custará a passar.
Rirão os mortos,
Ou mais que isso,
As ondas e
— Mais:
Desesperado avança dentro da noite
O destino.
Que possam voar como as aves,
Os alegres como estão, todavia,
Aqui (a partir de hoje)
Para que sirvam como derivação
Incomum...
Silêncio elétrico, a cinza estrela faminta,
Daquelas que se partem muito drásticas, cedo,
Muito cedo e ainda durante a semana
Toda, sobre o sol
(Como foi conhecido
No mundo),
Ou curvada sobre mínimos
Seres.
Antes as estrelas eram menções
Veladas, vagas, talvez sem formas, apenas
Poéticas,
E vida era ser conduzido
Com os pés bem juntos à hora adequada.
Fim do mundo
E fim da visão aturdida?
Quem em parte será aceito por (nada
Mais que) toda a ciência frágil? Sem ter
Exata vida morrida (ou morte vivida),
Morrer antes da vida.
Não — da vida que morre —
Por apenas crer viver antes da morte
E ouça o vento vir — a — brincar sobre a relva:
Rir feito criança e ainda uma vez
Crer na vida antes da morte real
Em queda livre.
Só fossem máquinas
Velhas,
Qualquer simples motivo, essa música alta,
Ou ranger de portas, clarins e trombetas,
Uns que correm, certos, convictos, podem
Salvar-se...
Mas, não podem hoje! Não
Neste dia que custará a passar.
Murmúrios vagos, horrendo caos e o sol negro
São um selo que não lastimam em si próprios
Presumir também tanto menos honrados
Que as cidades onde estão despojadas
Dos cínicos
Tempos, não são — como são,
Servem como derivação incomum,
Silêncio elétrico e uma estrela faminta
E é o fim, afinal.
Quais amigos foram queimados?
E quem mais não fosse teria morrido
Tantas vezes sólidos como manteiga.
Baratas mordendo a pele e o sangue esvai
Para sempre, estimulando o pavor
A sua volta e pior será seu estado
Se assim nunca negar o medo
Com sentimento
E quem mais não fosse teria morrido
Tantas vezes.
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