Em minhas muitas entradas e saidas,
pelos tribunais da vida.
Sempre me deparei com histórias.
Histórias contadas e ditas;
ouvidas pelas vozes trêmulas
e sofridas das marias da vida.
Violadas, aprisionadas e violentadas,
em seus direitos sagrados, no dia a dia.
Marias com seus sofrimentos:
Físicos, psicológicos, moral e sexual.
Num ambiente doméstico, familiar,
educacional e profissional.
Abaladas, desprotegidas, esquecidas.
Mulheres que geram outras vidas.
Maquiladas, escondidas embaixo de seus véus.
Com seus olhos avermelhados, arroxeados e amargurados.
Molhados pelos sofrimentos; suportados em silêncio.
Com as marcas da dor e do pavor da dura vida.
Numa eterna lembrança de angustias e de solidão.
Marcadas pelas tristezas, poucas alegrias .
Apagadas de seus sorrisos; Pela pura covardia.
Das feridas deixadas na carne.
Cravadas cicatrizes que nunca se apagarão,
Machucadas a cada instante.
Marcas eternas deixadas. Por um falso amor,
brutalizado de ilusão.
Afogadas em suas mágoas num vazio de solidão
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