Roxos que descoram,
São expressos em algarismos,
São outonos
E suficientes.
Sempre revoltam quem sempre
Renasce de um raio.
Rosas nos galhos,
Rosas,
Quero
Rosas loucas,
Roseiras me abatem
Para o infinito
Entre imensidades,
Cargas de veneno
Tenho delinquido,
Certo de que para
Ser exatamente
Cheio de perfumes,
Volto com as flores
Pela Natureza,
Nova natureza,
Sigo conduzindo
Facas de cozinha
E a esperança
E muitos galhos de flores
Decepados,
Lapsos, desdenhando
Sob a gargalhada,
Ouvem e não falam
Mais do que meu beijo.
Ruas e os galhos
Finos, diluídos
Galhos e as ruas
Cheias de carinhos
Sabem que o caminho
É interminável
Dentro dos dois olhos,
Pelos orifícios
Cinzas da clemência,
São os que lhes peço,
Sou o que me pedem,
Sinto-me nascido
Para que não viva.
Para que não seja
Como uma pessoa
Tão rapidamente
(Mesmo que em um verso)
(Muito comovido),
Ruas e os galhos
E as folhas despencam,
Frouxos desmancham
Na encruzilhada
Do cotidiano,
O esquecimento.
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