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  Texto selecionado
MARCOS 5 NOVEL GLS
DE PAULO FOG
ricardo fogz

Resumo:
BOM


                                              22


                   Adélia pega o 1º vôo do dia para Brasília, Lurdes a segue discretamente, no aeroporto da capital brasileira, a mulher desce com só a bolsa a tiracolo, na frente do prédio um carro executivo a aguarda ela entra sentando no banco traseiro dá ordens ao motorista que segue, Lurdes tira fotos e segue o veiculo num táxi.
   - Para onde senhora?
   - Somente siga aquele veiculo, por favor não o perca.
   - Sim.
   O carro segue pelas avenidas largas, frente aos prédios memoráveis de nosso cenário politico nacional, até que entra em uma rua comum, bem arborizada parando frente a um enorme muro com portões de madeira.
   - Que lugar é esse?
   - Senhora bem, acho melhor que desça aqui.
   - Por quê, o que tem ali?
   - Eu não sei e vou lhe ser sincero, não tenho a minima vontade em descobrir.
   - É algo bem podre hein.
   - Por favor senhora.
   - Aqui esta o da corrida e mais um pelo seu desprendimento em ser sincero.
   - Obrigado.
   - Depois eu ligo para a cooperativa.
   - Como quiser.
   Lurdes sai do táxi e segue pela calçada vê o veiculo de Adélia passar pelo portão e fica a sombra de uma árvore.
   - Droga, se eu entrar serei vista com certeza.
   Ela olha pela altura do muro.
   - Uma coisa eu sei, isso aqui tem tudo de sujeira e das grandes.
   Adélia desce do veiculo pagando o motorista uma certas quantia este pega o dinheiro sem proferir uma sílaba.
   - Fique aqui no aguardo. O homem gesticula positivamente para ela.
   Sob um piso de mármore importado ela anda até parar frente a uma mesa com 3 homens engravatados.
   - Fiquem tranquilos, eu tenho a senha.
   - Podemos vê-la?
   - Claro, quando eu a digitar.
   - Que seja.   Eles a acompanham até uma porta de aço onde nesta a um dispositivo com teclado, ela digita a senha e esta abre-se.
   - Esta vendo, não sou de blefes.
   - Nos desculpe.
   Ali em um grande salão, várias mesas de cartas, roletas, palcos com shows de mulheres e homens para a apreciação de todos ali.
   Ela continua a andar e em determinado momento passa por ela um garçom que lhe dá um envelope e ela aproveita pegando 1 taça de champanhe.
   - Nossa até que é um lugar bem descontraído. Ao fim ela se depara com um elevador, novamente digita a senha só que a que foi lhe dada pelo garçom e entra neste.
   Ja no subsolo ela desce do elevador e se vê diante a um jardim subterrâneo caminha entre orquídeas, samanbaias, bromélias e outros de tantos embelezam nossa flora.
   - Até parece um cenário primaveril.
   Outra porta e ela bate, logo esta é aberta, anda até uma mesa vermelha, uma poltrona de couro de mesma cor, logo vira-se para ela.
   - Olá Adélia.
   - Quanto tempo Cristina ou Sanches.
   - Quem foi o tolo que a deixou engana-lo?
   - Isso não vem ao caso.
   - Vamos lá, a que devo a honra de te-la aqui?
   - Preciso dos meus doláres.
   - Que doláres?
   - Aqueles que me roubaste a 20 anos.
   - Ficou louca, aquilo já não existe mais.
   - Sabe que é tudo mentira, largue de ser falsa, me dê a conta.
   - Para quê, para de novo cair nos braços de qualquer garotão que lhe esfrega a mala na sua cara.
   - Vagabunda.
   - Sou, sou igual a minha adorável mãe.
   - Piranha.
   - O que foi, tANTO trabalho para ficar aqui me xingando, sabe que posso te dar um fim.
   - Sei, sei de tudo que és capaz, ingrata.
   - Ai, o que foi mãezinha.
   - Cale a boca, sua vigarista.
   - O que foi, tudo isso é ódio pelo que houve ou por tua filha ter tido mais sucesso que você?
   Adélia rodeia a mesa, segura a outra no pescoço, fazendo ela ir perdendo o ar, logo 6 seguranças as rodeiam, mais a mulher faz sinal que não intervenham, Adélia solta a filha.
   - Cretina.
   - Agora vai, me conte tudo sobre a conta.
   - Nunca.
   - Vai pare, sabemos que vai contar. Adélia puxa a cadeira e senta, tira da bolsa um par de luvas pretas.
   - Para quê isso?
   - Oras preciso estar luxuosa para a ocasião.
   - Que ocasião?
   - Bem vamos começar, já que a vida tem seus anúncios, esta mais que na hora de dizer os meus.
   - O que foi, vai me dizer que faliu?
   - Não, teu sobrinho querido, sim, o filho da falecida esta comigo agora.
   - É mentira.
   - Para, sabe que não sou disto.
   Cristina sai da poltrona, Adélia aproveita e senta ali.
   - Por que, por que ele foi parar logo contigo?
   - Pois é queridinha, a vida tem dessas.
   - O que quer?
   - A conta.
   Cristina faz sinal para um dos homens que sai da sala, após uns minutos retorna com um rapaz magro, branco, olhos escuros.
   - Virgilio dê a esta senhora, a conta 25 e todos os detalhes desta.
   - Mais senhora.
   - Por favor Virgilio.
   O rapaz vai até a porta, sai, logo retorna com uma pasta prata.
   - Aqui esta a conta e tudo que a senhora precisa.
   - Obrigado lindo rapaz, acho que não será muito lhe pedir que me acompanhe até a saída?
   Ele olha para Cristina que faz que sim, ele acompanha Adélia, quando esta leva a mão a porta.
   - Por favor, cuide do meu filho.
   - Ele esta muito bem, ja é adulto, tem carreira, trabalha com Olavo, só tem uns probleminhas.
   - Quais?
   - Além de dedo e gosto ruim para mulher, tem um filho que não é dele e para tua alegria e satisfação ele é gay ou bi.
   - Gay?
   - Sim, esta vendo sua podridão de certa forma acompanha a sua prole.
   - Vá embora.
   - Lógico, odeio tudo isso aqui.
   Frente ao carro ela se despede do rapaz, entra no mesmo e sai, em uma rua paralela Lurdes já dentro de outro táxi a segue.
   Bruno e Marcos preparam algo para todos na cozinha, Vera, Gustavo e Laís estão caídos no sofá, minutos depois os 2 vem com travessas e pratos, fizeram um arroz de carreteiro ás pressas e Marcos trouxe uma salada de alface com tomates.
   - Nossa tá tudo muito bom.
   - Obrigado.
   - Pai, não acha que a tia Adélia esta demorando?
   - Realmente, ela veio bem antes que a gente.
   - Melhor ligarmos para ela.
   - Sim.
   Nisso toca o celular de Gustavo.
   - Alô, tio Olavo, sim, quer falar com meu pai, tá bom. Gustavo passa para Bruno que atende e depois de minutos desliga.
   - Pronto esta resolvido, nossa tia foi para Mato Grosso do Sul.
   - Para quê?
   - Resolver uns documentos do falecido.
   - Que falecido?
   - Ah, gente esta estória é tão confusa que até eu não a entendo direito.
   - Sério pai.
   - Sim filho.
   Todos terminam a refeição.
   Cristina sai do banho, olha para o relógio da parede, senta frente ao espelho e escova os cabelos, logo sente 2 mãos nos ombros.
   - Como sempre pontual.
   - Ouvi que aquela mulher esteve aqui?
   - Sim.
   - Saiu com algo?
   - Quase nada.
   - O quê?
   - Já lhe disse, quase nada.
   - Tudo bem. O homem alisa os cabelos, ombros, braços e para as mãos no pescoço de Cristina que logo sente a força dele ali, em pouco tempo perde a vida frente ao espelho.
   - Odeio mentiras.   Ele sai dali em terno e calça pretos, em outra sala, Virgilio todo cheio de hematomas com lágrimas nos olhos.

   18112017 --------------------------------------------------------------.

   






                                           23






           Adélia termina de pagar o hotel, desce para o estacionamento onde um carro executivo a aguarda.
   - Para onde senhora?
   - Aeroporto.
   - Sim.
   O carro segue, velocidade normal, atrás deles um táxi, Lurdes ali a segui-la, na frente do aeroporto ela faz o pagamento ao motorista e ainda lhe dá um a mais pelo serviço, com sua bolsa na mão entra no recinto, Lurdes faz o mesmo e ao entrar não a vê.
   - Já que quer tanto estar comigo melhor do meu lado do que pelas costas.
   - Desde quando?
   - Acha mesmo que poderia me seguir, sempre soube, desde que foi até aquele lugar.
   - Por quê?
   - Oras, de certa forma é bom ter companhia, mesmo que não seja lá das mais confiáveis.
   - O que você entende por confiança?
   - Me diz logo, quer ir ou não, senão já dou um jeito que lhe prendam aqui mesmo?
   - Sua louca.
   - Quer tentar?
   - Tudo bem.
   As duas seguem até uma empresa de táxi aéreo.
   - Para onde senhora Fontes?
   - Paraguay.
   - Aqui o valor.
   - Tudo bem.
   - Só as duas?
   - Sim.
   - Vôo para daqui uns 40 minutos.
   - Certo.
   Lurdes olha com espanto para Adélia que faz o pagamento, seguem para uma área de aguardo vip.
   - Você já é acostumada a isso?
   - Como és tola Lurdes, acha que esta é a primeira vez que luto por meus bens.
   - Bens, do que diz?
   - Acho que devo lhe contar uma pequena estória.
   Ali sentadas ouvindo um som de MPB, tomam champanhe e Adélia lhe fala sobre o dinheiro.
   - É tanta grana assim?
   - Claro que é, acha que sairia de minha casa por pouco.
   - Penso que não.
   - Ah, você pensa, olhe Lurdes acho melhor ficar do meu lado, todos aqueles que se opuseram a mim, não tiveram um final tão feliz.
   - Nem precisa me alertar, sei muito bem disso.
   - E agora?
   - Incrível, só que não entendo onde Bruno e seu neto entram...
   - Não há nada mais para você entender.
   - Tudo bem, estou contigo.
   - Melhor assim, agora escute bem vai executar um plano para mim.
   - Por que eu?
   - Quem mandou me seguir, faça do jeito que vou lhe dizer.
   - Sim.
   - Nem queira me trapacear, pois eu te mato.
   - Sei até onde posso ir.
   - Assim espero.
   Logo a atendente da agência vem a elas informando que a aeronave já esta pronta.
   - Rápido.
   - Sabemos de seu gosto senhora Fontes.
   - Obrigada bela. Adélia dá a moça uma certa quantia.
   - Obrigada.
   - Nada só um pequeno mimo.
   Bruno retorna ao trabalho e Marcos ali a arrumar a bagunça que Gilberto deixara no apartamento, toalhas, louças e até cuecas por todo canto.
   - O mesmo de sempre, um total irresponsável no quesito higiene de local.
   No escritório Vera bate um papo com Bruno, André chega neste com flores.
   - Meus sentimentos.
   - Obrigado André.
   - Não pude ir, tive alguns problemas.
   - Tudo bem.
   - E o Gustavo?
   - Tudo bem, daquele jeito, ainda em choque.
   - Ele vai superar.
   - Com certeza.
   Vera sai deixando eles ali.
   - Olha Bruno eu preciso lhe dizer algo.
   - Tudo bem.
   - Eu te amo.
   - Por favor André.
   - Calma me deixe terminar, eu te amo de verdade.
   - Tá e daí?
   - Olhe não vou e nem quero ficar no caminho de vocês.
   - Como assim?
   - Estou tirando meu time de campo.
   - Sério?
   - Sim.
   - Obrigado.
   - Oras eu te amo, te disse.
   - Mais.
   - Amigos?
   - Sempre. Eles se abraçam.
   Gustavo no caminho de volta da escola dentro do circular conversa com Laís.
   - Tem certeza?
   - Certeza não, mais tem algo errado com a tia Adélia.
   - Pensando por este lado, ela nunca fala dela?
   - Jamais, somente coisas óbvias.
   - O que pensa em fazer?
   - Quero dar uma olhada no quarto dela.
   - Tá louco.
   - Com certeza vou encontrar algo.
   - E seu pai?
   - Sei que ele tem vontade de fazer o mesmo mais...
   - Mais o quê?
   - Oras é a tia dele.
   - Só que ela é sua tia também.
   - Eu sei mais sou diferente dele.
   - Seu curioso.
   - Vai me ajudar?
   - Olhe, hoje não dá, tenho inglês e depois natação.
   - Seus pais estão de verdade te deixando longe de mim.
   - Bobo.
   - Sua linda.
   - Meu gato.
   - Gostei. Beijos.
   Adélia e Lurdes estão em solo paraguaio, logo estão num carro a andar pelas ruas da capital, param em frente a uma agência internacional.
   - É esta?
   - Sim.
   - Tenho mesmo.
   - Já deu sua palavra, agora vá.
   - Tudo bem. Lurdes sai do carro com uma bolsa a tiracolo entra na agência conversa com um atendente que a leva para uma sala, logo entra uma moça.
   - Pois não.
   - Quero averiguar saldo e retirar tudo desta conta.
   A moça pega a anotação e sai logo retorna com outros 2 homens e 3 seguranças.
   - Preciso que assine alguns papéis.
   - Tudo bem.
   - Também irei precisar de seus documentos.

22112017 ------------------------------------------------.

   

                                                        24




            Gustavo entra no quarto de Adélia com a chave reserva que ficara com seu pai, ele deixara esta na gaveta das cuecas.
- Nossa este quarto cheira mofo.
Liga a luz e começa a procurar nas gavetas do criado mudo, nada, segue para a penteadeira uma gaveta ele abre e nada, a segunda gaveta esta trancada, volta para a primeira e encontra a chave, após abri-la se depara com boletos pagos e por vencer, comprovantes de água, luz, telefone todos religiosamente pagos.
- Meu Deus, minha tia é bem organizada.
- Demais.
- Pai.
- O que faz aqui no quarto de sua tia?
- Pai.
- Vamos diz logo.
Bruno entra no quarto, senta na cama e ouve com atenção tudo que Gustavo lhe diz.
- Em parte te entendo filho, mais daí a mexer nas coisas pessoais dela.
- Pai nós não sabemos quase nada da tia.
- Ela sempre foi assim, um tanto reservada.
- Bem reservada.
- Gustavo.
- Tá bom. Eles se levantam para sair quando Bruno olha ao redor e para frente ao armário de roupas.
- O que foi pai?
- Estas vendo pelas brechas da porta, algo reluz lá dentro.
- Pai?
- Vamos dar uma olhada.
Bruno abre o armário e após afastar as roupas, uma caixa metálica de tamanho médio com cadeado.
- Para que minha tia quer uma caixa dessas?
- Vamos abri-la pai?
- Vamos.
Os dois procuram por todo quarto pela chave do cadeado quando já estão por desistir Bruno observa que um dos ladrilhos do piso é mais novo que os outros.
- Filho vai na cozinha e traz uma faca para mim.
- Tudo bem.
Gustavo sai e logo retorna com uma faca de mesa, Bruno pega e com esta retira o ladrilho dali, embaixo deste um lenço azul marítimo.
- Um lenço. Bruno pega este e sente que tem algo neste, após abri-lo a chave do cadeado.
- Vamos levar a caixa para a sala.
- Por que pai?
- Mais fácil, veremos se alguém chegar.
- A tia?
- Também.
Eles seguem com a caixa para a sala, ali ela é aberta, mais contas quitadas, papéis, escrituras e um grosso livro.
- O que é isso pai?
- Um diário.
- A tia tem um diário?
- Pois é. O livro bem antigo, o cadeado deste ja se perdera, ela o prendeu com 3 pedaços de fitas adesivas potentes para que ninguém o mexesse.
Bruno já ia guarda-lo quando sentiu que a caixa ainda pesava mais que o normal, mexeu no fundo, era falso, ali ele se espantou 1 canivete, faquetes, pistola e munição.
- Meu Deus.
- Pai, ela é bem prevenida.
- Até demais.
No fundo 3 envelopes, ele os pega e ao abri-los, dolares, euros, reais e alguns cartões, porém no ultimo envelope 1 carta e 5 identidades falsas.
- Pai.
- Haja o que houver Gustavo, você não sabe de nada.
- Será que a tia é uma assassina?
- Não sei.
- Mas pai.
- Bico calado, boca fechada.
- Tá bom.
- Já estamos errados em mexer nas coisas dela e agora mais isso tudo.
- Pai.
- Você me prometeu, nem para Laís.
- Mais pai.
- Gustavo, promessa é promessa.
- Tudo bem.
Bruno coloca tudo no lugar, menos a carta e o diário.
- O que vai fazer?
- Você cuida da comida e eu vou ler isto aqui um pouco.
- Tá bom.
Gustavo segue para a cozinha.
Lurdes ali na agência, naquela sala com a moça e 3 homens.
- Pois bem Srª Jordana, sua conta hoje esta dividida em 3 estágios e devo alerta-la que terá que assinar vários documentos e precisaremos das suas digitais e retina.
- Por que de tudo isso?
- São ordens do tutelado.
- Tutelado?
- Sim.
Lurdes começa a suar frio, as lentes de contato que esta usando são azuis e começam a irrita-las, unhas postiças, peruca loira, tudo esta a deixa-la em pânico ali, pois Adélia não falara nada disso e sabe que logo será desmacarada e poderá ir á prisão ou outro fim.
- Por favor.
- Sim senhora Jordana.
- O toillet por favor.
- No fim do corredor, esta se sentindo mau?
- Não, estou bem.
Lurdes sai da cadeira e segue até a porta, sempre sob os olhares deles até que toca o interfone da sala, a moça vai até ele e Lurdes segue pelo corredor, no sanitário se olha no espelho, profundo desespero e ensaia ali uma saída daquele lugar logo seu celular toca, ela pega este 1 mensagem dizendo que volte para a sala esta tudo resolvido.
- Como ela sabe.
Lurdes retoca a make e retorna, secara as mãos com lenços e ali na sala de volta tendo a mulher e os 3 homens.
- Me desculpe senhora Jordana, seu tutor ligara dizendo não ser preciso tanto protocolo de segurança assim.
- Que bom não.
- Sim, só iremos precisar da senha escrita.
- Senha escrita?
- Sim, a palavra chave.
Lurdes pensa rápido e logo vem.
- Sim, onde eu escrevo?
- Vamos ao cofre.
- Sim.
Eles andam por outros corredores e param frente a uma porta tipo estas de hospicios com reforço em couro preto almofadado, ao lada um teclado, a mulher digita 6 numeros e ela abre-se ela e Lurdes entram, os homens ficam de guarda, após andarem mais uns metros 2 portões de grades que são abertos com as chaves da mulher e uma mesinha com livro ponto e acesso.
- Tem que assinar senhora Jordana.
- Tudo bem. Lurdes assina o livro em 3 lugares específicos, mais alguns passos e ali na frente dela o cofre, a mulher aciona este por voz e este abre-se, ela então diz a Lurdes.
- Corredor 3, 4, e 8 caixas brancas, aciona-se pela senha escrita.
- Sim.
- Obrigado senhora Jordana.
- Sim. Ali Lurdes segue sozinha entra no primeiro corredor o 3 e logo se vê frente a caixa branca, nesta acoplada um tablet ela digita neste a palavra FRAMBOESA e a caixa abre-se dentro 9 barras de ouro, ela as guarda em um cesto que estava na mesinha próxima.
- Meu Deus, Adélia sua vaca, você esta rica.
Segue para o corredor 4 e faz novamente o procedimento, na caixa 4 barras de ouro, jóias e 3 envelopes, ja com o cesto em mãos coloca tudo neste e segue para o corredor 8, caixa aberta, Lurdes se espanta, várias moedas de ouro, jóias e 5 barras além disso outros 3 envelopes.
- Jesus o que é isso tudo.
Lurdes carrega o cesto com certa dificuldade e quando chega a mesa do livro encontra na mesa ao lado deste um malote, ela pega este 1 bilhete para que possa usa-lo e deixa-lo em qualquer agência do Brasil ou incinerá-lo como queira.
Ela coloca todo conteúdo do cesto ali e só assim surge a mulher.
- Tudo certo?
- Sim.
- Vai precisar de ajuda?
- Um pouco pesado hein.
- Me desculpe, mais documentos pesam.
- Documentos?
- Sim, papéis pesam.
- Demais.
A mulher faz sinal e logo um dos homens entram e pega a sacola sob o olhar atento de Lurdes, após os agradecimentos e mais 2 assinaturas Lurdes deixa a agência entrando no carro onde Adélia aguarda.
- Nossa bem lerda você.
- Olhe Adélia fiz o que pude.
Adélia faz sinal ao motorista que siga e no caminho não fala mais nada com Lurdes que acaba por adormecer, quase 1 hora depois ela é acordada por Adélia.
- Nossa, o que foi?
- Por sua causa tive que dar mais do que o combinado para o motorista.
- Por quê?
- Não precisava ter dito meu nome.
- Desculpe, onde estamos?
- Em um hotel.
- Como vim parar aqui?
- Dormiu o tempo todo, tive que pedir para ele te tirar do carro.
- Céus.
- Quase cai sua peruca.
- Meu Deus.
- A gente fica aqui, amanhã bem cedo Brasil.
- Nossa, não vejo a hora de cair no meu sofá.
- Que sofá, você vai comigo para casa.
- Como assim?
- Vamos para Prudente, lá tenho que guardar tudo isso.
- Como vamos passar pela Federal?
- Deixe que isso eu cuido, ja esta tudo certo.
- Acredito, mais Adélia não quero ir para a cadeia.
- Esta louca, você na cadeia é o mesmo quetodos os envolvidos estarem lá também.
Lurdes gela com aquilo.
- O que quer dizer com isso Adélia?
- Seria melhor dar um fim em você aqui mesmo.
- Adélia.
- Fique tranquila, você me é útil por isso ainda não o fiz. mais saiba não quero traições e golpes.
- Sim eu sei.
Lurdes vai se desfazendo do disfarce que deu origem a Jordana.
Após o jantar, Bruno ali a ler o diário de Adélia, descobre muitas coisas sobre a tia e ainda mais sobre a mãe dela Afonsa que veio da Itália na segunda guerra.
- Nossa quanta coisa a família esconde, o que mais vai me surpreender?
Gustavo vem com chás para eles, que tomam e o rapaz se intera das novidades que o pai lera até ali.

26112017 ...........................................................










                                                  25



        Sabado - Vera aproveita para arrumar suas roupas, ela alugara um apartamento no bloco vizinho ao de Marcos, Gustavo e Laís estão ajudando com a mudança de onde ficara para o novo lugar, ali na sala Bruno olha as cópias que fizera do diário de Adélia, idéia de Marcos que esta a afagar o rosto de seu amor, logo toca seu celular.
   - Sim, oi Gilberto, sim, só mande os documentos, tá tudo certo, envio o primeiro pagamento, não precisa vir, estão todos bem sim, te mandam lembrança, sim, pode ficar ai, obrigado, para ti também, tchau.
   - Nossa ele insiste hein.
   - Sempre foi assim, desde rapaz.
   - Você o conhecia a tanto tempo?
   - Na escola.
   - Meu Deus, meu amor, estou lutando contra um romance escolar?
   - Que lindo.
   - O que é lindo?
   - Você ai todo raivoso.
   - Eu raivoso.
   - Te quero.
   - Para, logo o Gustavo chega.
   - A vai só uns beijos, vai.
   - Me respeite.
   - Te amo.
   Ali beijos, logo Vera surge com sacolas e bolsa de viagem.
   - Pòr que não fica aqui hoje e vai amanhã cedo?
   - Quero ficar logo no meu lugar.
   - Nosso lugar.
   - Como assim Bruno?
   Marcos pergunta.
   - Oras eu vou ajuda-la, tem 2 quartos.
   - Ei.
   - Marcos eu e Gustavo vamos ficar só até minha tia chegar, daí eu e ele vamos morar com a Vera.
   - Nada disso.
   - O que foi agora Marcos, crise de ciúmes? Vera pergunta.
   - Não é isso, o trato foi de que eles vem para minha casa.
   - Seu apartamento?
   - Sim.
   Vera ri e Bruno também.
   - O que foi agora digo eu?
   - Marcos, claro que vamos para seu apart, só que meu filho quer morar com a Vera.
   - Por que?
   - Ele quer ter sua independência.
   - Não entendi.
   - Amor o fato é que até hoje ele não sabe nada da gente, pelo menos não pela gente.
   - Ele desconfia?
   - Marcos, o Gustavo não é bobo, claro que sabe da gente.
   - Então por que ainda não paramos para conversar?
   - Depois de resolver isso de minha tia.
   - Mais.
   - Mais o que Marcos?
   - E se ele não me aceitar.
   - Nossa cara, essa foi de atirar, Marcos o Gustavo te acha super legal, nas entrelinhas ele ja deixou claro que fica suave sobre a gente.
   - Será?
   - Não te entendo, ficou o tempo todo me azucrinando para que chegasse com ele no assunto e agora Marcos esta desisitindo?
   - Eu sei, mais agora estou medo.
   - Medo de quê Marcos?
   - De te perder.
   - Cara, conheço meu filho, Gustavo é um filho nota 100000, cara ele jamais faria algo de ruim para a gente.
   - Te amo.
   - Eu que te amo muito.
   - Muitissimo?
   - Muito. Beijos.
   Adélia desce do avião em São Paulo, Lurdes ali com ela, o malote segue para Prudente em um caminhão de transporte em meio a caixas com jornais velhos, bibelôs e algumas roupas.
   - Não tem medo que parem o caminhão?
   - Fique tranquila já foi tudo arrumado.
   - E agora vamos para Prudente?
   - Não, você vai.
   - Como assim Adélia?
   - Tenho outros planos, outros compromissos.
   - Mais o que vou fazer lá?
   - Tome este envelope, aqui dentro tem todoas as instruções que precisa.
   - Adélia.
   - Fique lá por 4 dias, depois volte para BH, um dia depois de sua ida eu chego.
   - E vão perguntar de ti.
   - Ai também tem tudo detalhado.
   - Mais.
   - Faça do jeito que esta ai, nada sairá errado.
   - Esta certo.
   - Obrigado Lurdes.
   - Oras.
   - Fique tranquila, já depositei uma boa soma para ti nesta conta, vá assim que chegar em uma agência aqui citada e faça seu cadastro.
   Adélia lhe dá um cartão com o numero e dados da conta.
   - Quando fez isso?
   - Lurdes, uma mulher tem sempre que estar á frente.
   - Concordo.
   - Eu sei, por isso nos damos bem.
   - Pois é.
   - Acredite, continue me ajudando e sempre ficará bem.
   - Ja percebi isso também.
   - Não se esqueça jamais, não tolero falsidades.
   - Tudo bem.
   - Que bom, tchau.
   - Tchau, boa viagem.
   - Para ti também.
   Adélia segue para o guichê de uma empresa aérea e Lurdes abre o envelope, 1 passagem para Prudente e 3 folhas em carta com letra de Adélia, as orientações estão ali, além de cerca de 3 mil reais.
   - Uau, Adélia não brinca mesmo. Lurdes confere o horário da passagem com o do relógio, segue ao sanitário, lava o rosto e retoca a make, ali frente ao espelho, lembra-se de Adélia a pegar todo disfarce que Lurdes usara e jogar em um tambor, junto com querosene e atear fogo naquilo.
   - Ela realmente dá medo. Sai dali e segue para o embarque.

   30112017 ----------------------------------------------.
   

   










                                                        26




               Vera termina de arrumar suas coisas no apartamento que alugara, Bruno e Gustavo fora ajuda-la, mais logo Gustavo os deixou indo para a casa de Laís.
   - Ainda dá tempo Vera, esta vendo, diga que não quer meu filho de colega aqui com você em sua casa, veja só ele foge para Laís sempre que puder.
   - Nada, é o fogo da adoslecencia, já tivemos isso.
   - Não me lembro. Risos, toca a campainha.
   - Vê para mim Bruno.
   - Tudo bem.
   - Oi Bruno.
   - Oi André.
   - A Vera está, podemos entrar?
   - Oras lógico, entrem, Vera André e uma garota.
   - Sofia, sou prima de André e obrigada pela garota.
   - Bem a Sofia também esta aqui.
   Vera vem a eles.
   - Que bom que vieram, podem começar na cozinha.
   - Como assim? Bruno pergunta a Vera.
   - A, eu não tenho falado, liguei ontem para o André, ele e a Sofia sabem fazer um macarrão á legumes.
   - Que bom. Bruno fica um tanto desconcertado com aquilo.
   - O que foi Bruno, quer que a gente vá?
   - Não, jamais.
   - A Vera me disse que seu filho vai morar aqui?
   - Sim. Ele olha para Vera com um jeito de inquisidor.
   - Oras, não podia falar. Risos.
   - Não é bem assim gente, é que temos de esperar minha tia retornar.
   - Ela ainda não veio?
   - Não André, ligou dizendo que Lurdes vai ficar uns dias na casa.
   - A mesma Lurdes que ficou com o Marcos?
   - Pois é. O clima ficou um tanto critico, Vera corre na cozinha levando junto Sofia que sorri como se estivesse em um campo de flores ali.
   - O que foi André?
   - Foi o quê?
   - Por quê lembrar do fato de Lurdes e o Marcos?
   - Foi mau, sem querer.
   - Tudo bem.
   - Achei que fosse meu amigo.
   - E sou, somente errei em dizer, olhe Bruno acho que eu e minha prima viemos no momento errado.
   - Nada, fique me desculpe.
   - Posso mesmo?
   - Claro.
   Vera vem com Sofia trazendo jarra, copos e um suco laranja.
   - Não tinha de maracujá. Risos.
   Lurdes entra no táxia e segue para a casa de Adélia, ali pega a chave reserva embaixo do vaso de planta que Adélia lhe descrevera na carta.
   - Raposa velha. Entra na casa e nota que tudo esta em ordem, vai ao telefone faz uma ligação para Belo Horizonte e logo finaliza, toma um banho, roupas limpas e logo ouve a buzina.
   - Chegaram. Vai a varanda e abre o portão, recebe 4 caixas de médio porte, assina e agradece aos rapazes da transportadora com 100 reais para eles dividirem.
   - Obrigado senhora.
   - Adeus.
   Já na sala com as caixas, liga para Olavo que chega em menos de 10 minutos em carro alugado, leva as mesmas.
   - Ela disse quando volta?
   - Não.
   - Bem, ela faz isso, deve saber o por que.
   - Acredito que sim.
   - Tchau.
   - Tchau.
   Ja livre da encomenda, liga para Gustavo, conversa um pouco e desliga.
   No apartamento de Vera, Bruno ouve no celular seu filho lhe contar sobre Lurdes.
   - Vem para cá, temos de ir, sim, te espero tchau filho.
   - O que houve?
   - Estranho, Lurdes ja chegou. Bruno diz para André.
   - Já?
   - Sim.
   Vera vem até ele com um prato de carne frita.
   - Olhe Vera, vou passar, logo o Gustavo chega, vamos para casa.
   - Vou com vocês.
   - Vai?
   - Tá legal.
   Ali na casa de Adélia todos olham para Lurdes com certa desconfiança, Vera levou a fritada de carne e torresminhos de peixe, André junto de Sofia ali com um sorriso um tanto desnecessário para o momento.
   Marcos chega com as cervejas e o refri.
   - Ai graças a Deus, bebida, isso aqui esta pior que um funeral.
   - Sofia.
   - O quê só falei a verdade.
   - Sofia.
   - Para André, todo mundo aqui se olhando e no fim ninguém fala coisa alguma.
   - Sofia.
   - Falei.
   - Ela esta certa André, mais vamos logo ao assunto, Lurdes ainda não entendi, por que veio e cadê minha tia. Bruno diz.
   - Olhe Bruno, eu não queria ter vindo mais Adélia me pediu eu eu fiquei sem graça em dizer não.
   - Sei.
   - Quanto ao fato dela não ter vindo, só me disse que tinha de ir resolver algumas coisas.
   - Onde?
   - Não me lembro, Mato Grosso, acho.
   - Lurdes, esta escondendo algo?
   - Jamais.
   Nisso batem a porta, Gustavo vai atender. Olavo entra.
   - Tio.
   - Boa noite.
   - Boa noite.
   - Me desculpem aparecer assim tão de repente, Adélia ligou e disse que vai ficar mais uns dias fora.
   - Alguns dias?
   - Sim.
   - Onde ela foi tio?
   - Ela foi para Sorriso.
   - Mato Grosso.
   - Não falei, tá vendo, era Mato Grosso. Lurdes diz.
   - Você falou que não tinha certeza.
   - Também.
   - Ela pediu que vocês cuidem bem de Lurdes, ainda pediu para que Lurdes assuma a casa e faça as refeições.
   - Tudo bem. Lurdes diz.
   - Ainda acho um tanto estranho tudo isso.
   - Bem parecem que vocês vão beber um pouco?
   - Servido?
   - Só uns goles.
   Olavo fica ali com eles por quase 1 hora e depois despede-se, porém Bruno e Gustavo percebe que durante o tempo em que ele ali ficara não parava de trocar olhares com Lurdes.
   Ja sem Olavo, o papo flui e após mais 3 rodadas Vera se despede, logo André e Sofia também, Gustavo com ajuda de Laís retira as garrafas e copos levando para a cozinha, depois a garota se despede e segue para a casa de táxi.
   - Que amável esta Laís.
   - Sim eu desde o inicio achei ela encantadora.
   - Faço gosto que eles fiquem juntos.
   - Ai como sempre meu querido de coração em flores.
   - Te amo.
   Gustavo retorna e diz que vai ficar um pouco na frente tomando ar.
   - Esta tarde, fique só um pouco.
   - Tudo bem pai.
   Assim que o filho sai, Bruno é puxado para o peito de Marcos, ali surge o beijo mais instigante e logo gemidos baixos são audíveis em curtas distâncias, Bruno com a mão dentro da calça de Marcos.
   - Te quero.
   - Não posso.
   - Entendo. Mais beijos.
   Logo Gustavo retorna lá de fora ele chama pelo pai.
   - Aconteceu algo filho?
   - Vou dormir.
   - Boa noite.
   - Pai, por que o Marcos não dorme aqui?
   - Você acha que...
   - Sim já esta tarde.
   - Então eu fico.
   - Aqui na sala. Bruno diz.
   - Por mim tudo bem.
   - Vem pai, pegarremos as roupas de cama para vocês.
   - Como assim filho.
   - Pai.
   Surpreso Bruno segue com o filho e logo retorna com lençol e travesseiros, Lurdes já fora para o quarto de Adélia e lá se trancara, Gustavo faz o mesmo ficando em seu quarto, ali na sala, Marcos e Bruno arrumam o lugar para deitarem.
   - Enfim sós.
   - Safado.
   - Te amo.
   - Eu também te amo.
   - Vem aqui.
   Ali beijos e logo em amassos se entregam ao prazer, amanhece e Lurdes é a primeira que acorda ao entrar na sala encontra Bruno e Marcos abraçados.
   - Acordem colegas.
   - O que foi?
   - Hora de chamar o Gustavo.
   - Para quê?
   - Como para quê, escola Bruno.
   - É mesmo.
   Bruno levanta revelando a Lurdes estar nú e Marcos também.
   - Oi as roupas.
   - Ai meu Deus.
   Lurdes vai para a cozinha, Bruno se veste ás pressas acorda Marcos que faz o mesmo, no quarto Gustavo já levantara e fora tomar seu banho.
   - Filho.
   - Oi pai.
   - Bom dia.
   - Bom dia.
   - Já arrumou suas coisas?
   - Sim pai.
   - Só vou tomar banho e logo vamos.
   - Tudo bem.
   Ele pega umas roupas e segue para o banheiro da casa, lá encontra Marcos mijando.
   - Cara.
   - Cara, eu quero tomar banho.
   - Esta louco Marcos.
   - Vem.
   Bruno fecha a porta ficando com Marcos ali.

   18122017 ...........................
   














                                        27





        Os dias passam de forma normal Lurdes termina de arrumar suas coisas na bolsa que trouxera, Gustavo chega junto de Laís, agora de férias escolares fica a maior parte do tempo junto dela auxiliando na loja de calçados que o pai dela adquirira há pouco tempo.
    - Que bom que chegaram.
    - O que esta fazendo Lurdes?
    - Bem eu vou embora.
    - Embora?
    - Sim, amanhã bem cedo.
    - Tão rápido.
    - Sim, tenho minhas coisas, minha vida em Belo Horizonte.
    - Achei que ia esperar a tia Adélia.
    - Não vou poder ficar até chegar, mais eu acredito que ela virá logo.
    - Ela te ligou?
    - Não.
    Gustavo ali de mãos dadas a Laís, olha para Lurdes que arruma as roupas.
    - Bem, nós só viemos para pegar umas roupas para mim.
    - Vai dormir na casa da Laís?
    - Não, vou ficar no apartamento da Vera.
    - Vocês é que sabem ser felizes.
    - Por quê diz isso?
    - Nada, vai lá pegar suas roupas.
    - Tudo bem.
    Ele vai para o quarto, Laís ali sentada no sofá e nenhuma conversa delas.
    Bruno termina de arquivar mais uns documentos e seu celular toca.
    - Oi.
    - Oi amor.
    - Marcos.
    - Saudades.
    - Mentira eu é que te liguei.
    - Bobo.
    - Jantar?
    - Onde?
    - Aqui em minha casa.
    - Já topei.
    - Traz o Gustavo e a namorada dele.
    - Ele vai ficar no apartamento da Vera.
    - Então a noite é só nossa meu love?
    - Pervertido.
    - Demais, só contigo.
    - Sei.
    - Beijão.
    - Outro.
    Ele desliga e logo André vem a ele.
    - Que tal um chopp com a gente?
    - Hoje não dá.
    - Compromisso?
    - Sim, Marcos me chamou, jantar.
    - Romântico?
    - Talvez.
    - Que bom.
    Bruno percebe o ar sem graça de André.
    - André.
    - Tudo bem, você já disse, estou bem.
    - Não quero te machucar.
    - Jamais.
    - Preciso de ajuda.
    - Em quê?
    - Tem uns documentos aqui que eu não estou entendendo.
    - Me mostre.
    - Estes aqui.
    - A isso, é assim....
    Logo ouvem um bater no batente.
    - Victor.
    - Olá.
    - Cara você chegou quando?
    - Há dois dias.
    - André este é Victor, o assessor pessoal do Dr Olavo.
    - Oi André.
    - Oi Victor.
    Bruno percebe um certo desconforto por parte de André.
    - E ai como foram as férias?
    - Demais.
    - Cara você veio outro.
    - Sim, totalmente outro.
    Os olhares se cruzam entre André e Victor, Bruno corta o gelo.
    - Vamos tomar um café?
    - Só se for agora.
    - Então vamos.
    - Eu passo. Diz André saindo da sala despedindo-se deles.
    Ali na copa, Victor após uns goles de café e papo com Bruno, revela.
    - Não imaginava encontrar o André aqui.
    - Vocês se conhecem?
    - Sim.
    - Cara, legal.
    - Bem, Bruno vou ser direto, eu tive um caso com o pai do André.
    - O quê?
    - Por favor não conte a ninguém.
    - Oras, jamais.
    - Foi há uns 10 anos.
    - Cara que louco isso.
    - Ele havia recém separado.
    - Nossa.
    - Achei que ele havia dito.
    - Não, somos bem próximos mais não tanto.
    - Bruno preciso lhe falar de outro assunto.
    - Pode falar.
    - Aqui não, podemos nos encontrar depois daqui?
    - Sim, no apartamento de Marcos.
    - Marcos?
    - Sim, lá é um bom lugar.
    - Tudo bem, me passe o endereço.
    - Claro.
    - Obrigado Bruno.
    Após anotado Victor sai indo para a sala de Olavo, lá ficando por alguns minutos depois sai dali limpando os olhos.
    André bate na sala de Bruno.
    - Entre.
    - Ele ja foi?
    - Sim.
    - Te contou?
    - Sobre o quê?
    - Por favor Bruno.
    - Sobre seu pai?
    - Sim.
    - Ele contou.
    - Me desculpe não ter dito, fiquei um tanto sem graça ao ve-lo depois de tanto tempo.
    - Foi só isso André?
    - Na verdade eu também já gostei dele.
    - Mais você sabe...
    - Sim ele esta com o seu tio.
    - Pois é cara.
    - São coisas da vida.
    - Verdade.
    Bruno recebe mensagem, visualiza e seu filho nesta lhe diz que Lurdes esta indo para BH.
    - O que foi?
    - A Lurdes esta indo amanhã.
    - Estranho.
    - Pois é, ela disse que ia ficar até minha tia voltar.
    - O que aconteceu?
    - Não sei, mais vou descobrir e logo.
    - Quer ajuda?
    - Não precisa, obrigado.
    - Bem deixe eu ir cuidar de meu trabalho.
    - Vou cuidar dos meus aqui.
    - Então tá.
    - Tudo bem.

    26122017 .....................................
   
    
    


















                                        28








                             Ali na sala, Lurdes mexe os dedos, vez ali passa as mãos nos cabelos, em sua frente no outro sofá, Bruno e Marcos.
    - E então Lurdes, por que ir?
    - Tenho assuntos.
    - Te entendo, mais por que antes disse que ficaria e agora já vai?
    - Preciso.
    - Aconteceu algo, alguém lhe ofendeu?
    - Não, Bruno, tenho minha vida, meus assuntos.
    - Tudo bem.
    - Então talvez não nos vejamos na minha ida adeus.
    - Até logo Lurdes.
    Bruno e Marcos saem da sala indo para o quarto, ali Lurdes aproveita confere no celular, nada de mensagens de Adélia.
    - O que houve, o que ela esta tramando.
    Marcos deita na cama, Bruno cai ao seu lado.
    - O que esta acontecendo?
    - Não sei Bruno, mais sinto que há algo estranho.
    - Será que vai vir algo ruim?
    - Queira Deus que não.
    - Qualquer coisa nos protegemos.
    - Não, eu te protejo amor.
    - Que doce.
    - E o Gustavo?
    - Meu filho agora esta querendo se tornar empresário.
    - Como assim?
    - Pois é agora fica o tempo todo junto dos pais da Laís, quer aprender tudo sobre comércio.
    - Que louco.


Biografia:
amo ler e amo muito mais escrever
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