Ajuntam em celeiros
A velha natureza
Em suas mãos cheias
De luas velhas
A escorrer noite afora.
E do quanto constante,
Que lhes abate a última viagem,
(Que) aqueles que obedecem
A um sonho revelam,
É luz de esperança
E caminham constrangidos.
As lâmpadas se apagam
E abaixam-se estrelas,
Ao menos, dedicadas
Às metas dos poetas,
Chamando-os para a luta
De um povo que os perdem
Nos passos dos homens.
Pois, terra, inspira
Àqueles que obedecem
A mãos quilométricas,
Por dias melhores.
E à sombra de outra
Bandeira, perigam
Cruzar a porta
De volta ao mundo
(Que é derradeiro)
E a um pouco das suas
Paredes, quem sabe?
Cobertas casas
Que invadem bons olhos,
Tornando impossível
Um sonho em que nada
Resolvem jamais,
Mais
Pretende-se, qual trama
Difusa e bem para
Diante dos olhos,
Voar de pernadas,
Morrer de braçadas,
Viver depenado:
Termina ao seu lado,
Em alguma província
Discreta, cidade
De diversa pessoa
Tapada e sem rumo
E até rejeitada,
É aquilo que é tido
Em sua surpresa
E, contudo,
Se perde
Aos poucos
E pouco
Reparte o que sabe:
Aqueles que obedecem
Fecham-se à chave
Diante da vida.
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