Quase sonhe...
E você sonha
Mais do que morre,
Mais do que o vácuo...
E mais do que as probabilidades
Do seu nome.
Pendurado em uma teia,
Você é um alvo
Dentro da escuridão.
E aranhas gigantes são pequenas só por hoje
E são portáteis e se espremem nos seus bolsos,
E fogueiras flutuam no céu distante
Em torno dos seus pés,
Enquanto você está pendurado (na noite fria).
Há olhos fixos em você,
Justo agora que tinha um monte de segredos
Para revelar a multidões silenciosas...
Talvez pudesse também ter notado antes,
Há uma luz tempestuosa,
Nascendo, devastadora,
Do fundo do oceano,
Entre duas colinas,
Mais do que nunca,
Este luar
Sem qualquer truque esta noite...
Polegada por polegada como o vento
Que penetra a superfície
De um mar estranho,
Fora da vista;
Maré baixa,
Mais do que nunca este luar,
De perto,
É interminável,
Peregrino em um mundo do qual não faz (mais) parte,
Brilhando através de salas vazias,
Estendendo ruas através de obstáculos,
Passos infalíveis desafiando os esforços de uma só pessoa,
Perdida, mesmo que só soubesse da luz.
Aventura divergente,
Como o fim do mundo,
Ou, mais hoje ou mais amanhã,
O mar manda chamar...
Mas o calcanhar se recusa ao coração atender:
Faça como faz o náufrago (que é),
Que está vivo, ainda agora,
Apenas porque usa um pequeno truque esta noite:
O luar,
Que quase sonha.
E sonha
Mais do que morre...
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