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PHARMÁCIA - A MORTE DE MERCÚRIO CROMO – CAPÍTULO [I] [
manoel serrão da silveira lacerda

PHARMÁCIA - A MORTE DE MERCÚRIO CROMO – CAPÍTULO [I]

“QUALQUER COINCIDÊNCIA É MERA ALUCINAÇÃO”

Era uma vez uma ENOcente substância bactericida que entre genéricos e similares, e outras soluções desinfectantes, assim como, entre fármacos de marca e referência de uso medicinal que previne infecções quando aplicado sobre feridas, até então, convivera na mais completa pax “curando” da saúde de muitas gerações.

Porém, eis que um dia, na dura lida dos algodões, gazes, esparadrapos e termômetros; agulhas, pontos, linhas e pomadas curativas; entre uns curativo de peles, cicatrizes, seringas e outros organismos, o jovem Mercúrio Cromo ou Mer-Bromim nome comum dado ao 2,7-dibromo-4hidroximercurifluoresceína - produto derivado da fluoresceína (C20H12O5), um corante sintético vermelho-forte que fornece solução de cor verde-amarelada por transparência, ainda com uma haste de vidro presa sob a tampa, para espalhá-lo na ferida, quebrou-se em vidro na Botica da Vida.

Aos cinquenta anos, magro, alto, de gestos imponentes e certa vermelhidão na face, Cromo utilizado há mais de meio século em todo o mundo como material de primeiros-socorros, explorado por todas as farmácias e postos médicos, escolas, fábricas e empresas, para sua decepção fora sistematicamente proibido de uso, inclusive no Brasil, por determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Isso devido à composição de sua fórmula: conter no seu princípio ativo o mercúrio como componente, que é tóxico. O mercúrio, um metal pesado, na fórmula. Em doses altas, o metal pode provocar intoxicação e diversos problemas de saúde, principalmente no fígado.

Banido, envergonhado, acusado de penetrar em qualquer organismo vivo pela pele, ou por outras vias, e não ser eliminado nunca em face da sua ação deletéria cumulativa ao longo da vida do Ser exposto, daí a necessidade de eliminar toda e qualquer possível contaminação de sua responsabilidade.

Eis que um fatídico dia, após desentender-se com as pastilhas Valda, Mil ma, e a Malvona, deprimido, a sentir-se o pior dos “homens”, odiando-se por ter magoado Valda e as gêmeas bisuradas, ingerira uma estranha bebida de cor escura [algo parecido com o pau-do-índio de Olinda [PE] até ficar entorpe pelo efeito afrodisíaco da mistura de erva-doce, chá-mate, flor de sabugueiro, catuaba, alfazema, chá de boldo, bem nos moldes da cachaça temperada do Sant Aninha [Bacabal [MA] - mercado central] acompanhada de limãozinho [picles] apimentado ao gosto do freguês em grau: morno, quente e super quente. Um arsenal de 45 espécies pronto para serem apreciadas e consumidas ou como se tivesse inalado Cloreto de Etila [Kelene], dava o maior “barato”, Cromo com o cabelo encharcado de Dura Lex, Sed Lex, Brilhantina e Gumex, dessa vez com ares hipocondríacos, fora via intravenosa direto parar no Bar do Sr. Apracur.

A verdadeira estória começa, quando Cromo sem qualquer receio das interações medicamentosas, tomara sem temer nas mãos a Cobra e a Taça de Higéia, dividido em narcóticos, febrífugos e purgantes, já muito Xumadol, para lá de Sonrizal, sem nenhuma Café aspirina® da BAYER por que se fora BAYER... era bom, o velho e poderoso Cromo “frio” como um “Cristal Japonês”, tentando curar-se da frustração e da difama de vilão, o principal motivo da sua dor de cabeça, sem ater-se a qualquer princípio ativo, metera-se na farra até Bomba de Laquê, enfim, enchera a cara de Penicilina com Salsa Três Quinas e Cola Astier que nenhuma santa Maravilha Curativa do Dr. Humphreys”, e nem a Deusa Higéia, daria jeito.

Ó Santo Hipócrates! E não é que o filho de um Óleo de Rícino na maior cara de Vaselina xaropara a antibiótica, feia e fanha Farmicetina, e antiarrítmico, dançara um reggae com a piriguete da Coristina, um pagode com a Clorafenicol, e finalmente, no saloon uma valsa com a mana caçula dos irmãos Merthiolate e Thimerosal, a Violeta Genciana, quando sua lombalgia, artrite e artrose, e dores nas articulações, o impediram de continuar.

No adiantado das horas, quando a noite avançara pela madrugada, Mercúrio Cromo alimentando um sonho, um desejo incontido de casar-se a todo custo com a mais bela manceba e charmosa do lugar, a senhorita branquela Anaséptil em Pó, com desmedida audácia passara a dar prosseguimento na execução do mais sórdido e maquiavélico dos planos de rapto
e fuga jamais d’antes testemunhado por aquelas distantes
plagas.

Assim, enquanto todos estavam sentados na modesta mobília do botequim do Sr. Apracur e assistiam distraidamente ao show da dupla Farmacêutica Jalapinhão e Cabacinha, Cromo pedira ao garçom, o Sr. Anador duas Cervejas Pretas, algumas Ampolas sem diluentes, 2 Salsas de Três Quinas e um cachê de Pílulas do Paulo Famoso, pagou-as, e sorrateiramente, após “render” a Pó [Anaséptil], ainda, com o cérebro atordoado pelo efeito anestésico da mistura e pela a novocaína que entorpecera, com uma agilidade assombrosa Transpulmin a porta do bar do Sr. Apracur para curar, pôs os pés na estrada, e se Band-aid, se Scaflan, deu-se em Viagra tomando Doril pelo meio do mundo. Enfim, se Estomazil, desaparecera com o inocente Maná das Crianças, aquela patricinha Assucaryl toda metidinha a Metionina e Xantinon B12, filha do Dom Senhor Ruibarbo Ruão com a D. Magnésia Purgativa Bisurada, o grande amor de Cromo.

No mesmo instante a estranha notícia logo se espalhara por toda a Vila como um rastilho de pólvora. Ao tomar conhecimento do ocorrido o Senhor Lacto-Purga que não guardava nada mesmo, muito menos a sua "obra" prima, tendo a fama do boca frouxa sem "esparadrapo", fora logo de Postam à casa do coronel Ruibarbo Ruão, que ao saber da cinematográfica fuga e “rapto” da filha, tomara um SUSto e ficara muito, mais muito mesmo Emulsão nado e totalmente Furacin da Vick Vapo Rub. Olha meu caro leitor, fora um verdadeiro Dramin B6 na Vila Vitamina C B12, uma bomba de álcool iodado com glicerina de 130 G de efeito Retard, já que boa parte da população em peso Vibramicina o tempo inteiro para que o coronel não os alcançasse.
~
Porém nem tudo que era de Alegro o povo na Vila Vitamina C B12, pois enquanto todos eram só Vibramicina e torcida pelo amor de Cromo e Pó Anaspeptil, o coronel Ruibarbo já um pouco mais Melhoral, Zero Cal, passada, porém, as Emulsões indizíveis daquela hora, tomara à boca uma talagada de Scott de bacalhau com Biotônico [Fontoura], e então, ao Superisth aquele primeiro momento de Complexo Poliplex B, enfim, de extrema dificuldade, fora até o seu quarto, pegou o seu velho e enferrujado Alkasetz's e passou a municiá-lo das mortíferas Pílulas Contra o Estupor. E, agora, que destino teria Cromo?

No dia seguinte o coronel fora ao Cabaret da madame Butazona e lá reunira os mais destemidos e corajosos predadores e mercenários da Vila Vitamina C B12. Convocara os brutamontes: Berocal, o Rei [Zulu] Tutangir; chamara o destemido e carniceiro Glimiton; e ainda, de quebra o mais rude dos rudes, o quebra ossos Kalyamon B12 d’alcunha Estafan, e
finalmente, para juntar-se ao grupo o mais perigoso dos perigosos, o mais forte dos fortes, o super-homem da Vila Vitamina C B12, o pistoleiro matador, comedor de criancinhas, adultos e velhinhos, o homem de ferro: Sulfato Ferroso.

Incontido, surtado, louco e furioso, que nem Prozac e Rivrotil daria jeito, o transtornado coronel começara a gritar para que todos tomassem assento em suas respectivas Mylantas Plus, e assim, em seguida debandarem em transloucado galope: Cepacol! Cepacol! Cepacol!

Impondo uma perseguição implacável aos fugitivos da Vila, o coronel praguejando jurava a todo instante fazer vingança com as próprias mãos, em nome da honra, da moral e dos bons costumes, bradava que na hora em que os encontrassem, descarregaria sem qualquer piedade o velho e eficiente Akasetzs na cara de Peroba de Mercúrio Cromo, e berrando, dizia que: Cromo não valia um Cibazol furado, quanto mais uma Cibalena embalada.

Ali mesmo no meio do deserto ao encurralarem Mercúrio com sua bela amada Anaséptil em Pó, eis que o tempo cumpriu-se o destino! O coronel Ruão de arma em punho sem qualquer remorso descarregou a sua velha Alkasetzs contra no "ENO cente" Mercúrio, dizendo-lhe: "toma seu filho de uma Banha de Cacau; toma seu filho de uma Sulfadiazina, seu filho uma Reparil Gel!
CATAFLAN! CATAFLAN! CATAFLAN! E Cromo, coitadinho, sem esboçar qualquer reação caíra ao solo esvaindo-se em Carnabol e Elixir Paregórico.

E assim, Cromo mortalmente ferido, Rarical... Gelol... Capoten...
Morreuuuuuuuuuu!
             
THE END.


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