No próximo dia 10 de Novembro a cidade de Valença está mais uma vez em festejo, comemorando seus 158 anos de emancipação da Sede do Município, ou seja, quando no ano de 1849 sua sede recebera foro (nome) de Industrial Cidade de Valença.
Contudo para entendermos melhor como realmente aconteceu, faremos então uma breve contextualização histórica. Outrora pertencente aos domínios de Cairu ou em Tupi Aracajuru ‘terra do Sol”, Valença ainda como povoado de Una, nomenclatura do rio que deu nome a todo o Vale, em 1571 passou a chamar-se Nossa Senhora do Santo Amparo (fonte: IPAC)
Por volta de 1750 formou-se um núcleo de povoação nas proximidades da capela de N.S. do Amparo, ainda muito modesta, começando a estender-se pelo lado de leste até as margens do rio Una. Uma das versões da historia relata que no dia 10.06.1789, Foi dado o título de Nova Valença, contudo de acordo com outra linha historiográfica, a mais aceita, por proposta do ouvidor da Comarca de Ilhéus, Desb. Baltazar da Silva Lisboa, somente em 23.01.1799 foi criada a Vila de Nova Valença do Santíssimo Coração de Jesus, ocorrendo sua instalação em 10 de junho do mesmo ano, onde foram iniciadas as obras de construção da Igreja do Santíssimo Coração de Jesus, concluída em 26 de Setembro de 1801 e transformada em matriz da freguesia. Com território desmembrado de Cairu ocorrera então à efetiva “emancipação política” da região, onde ao se desmembrar-se de Cairu, Valença ficara com sua extensão até o Vale do Jequiriçá, nas imediações da atual cidade de Santa Inês.
É salutar lembrar que a nossa cidade completou em 10 de junho deste, 208 anos de emancipação Política/Regional, titulo esse, que engrandece ainda mais a historia da cidade ao comemorar seus 158 anos de emancipação da Sede do Município, ou seja, por força da resolução nº.368 de 10 de Novembro de 1849 a “Sede Municipal” recebe a denominação de Industrial Cidade de Valença, sendo um dos motivos a pujança da Fabrica de Todos os Santos implantada cinco anos antes.
Festejar 158 anos de emancipação da Sede do Município e 208 anos de Emancipação Política é relembrar todos os papeis que a cidade interpretou no perpassar da historia.
Comemorar estas datas é manter vivo na mente de sua gente, a Valença da aldeia Una, a qual cedeu o nome a todo o vale; Da tribo Guerém, Botocudo Tupinambá,Tapuia, guerreiros e valentes como seu povo na contemporaneidade; do quilombo do Orobó, de gente de personalidade forte e sabedora dos seus destinos; do Guaibim, em Tupi/Guarani Mulher Experiente; Da cachoeira de Ita Guá, a conhecida Pedra Branca; Da hidroelétrica do Candengo; Da fabrica têxtil de Todos os Santos, fundada em 1844; da cidade que recebeu em seus domínios o Imperador do Brasil D.Pedro II em 1860; Da terra protegida pelas Deusas Mitológicas Ceres e Deméter, deusas da agricultura ; Da agricultura local,(mandioca) que abasteceu as tropas que lutaram no Dois de julho pela independência da Bahia; da cidade pesqueira sobre a égide de São Pedro e Yemanjá; do grande jurista Zacarias de Góes, coevo de Rui Barbosa; Da Valença próspera e grandiosa.
Por isso os festejos de aniversario e louvor a nossa Senhora do Amparo não é um festejo somente dos Valencianos, mas de todos os municípios circunvizinhos que em algum momento na historia tiveram diretamente ligado a Valença.
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