Eduarda se aproxima de Sofia a olhando fixo nos olhos.
- Sabia que ele me abraçava, beijava e ainda tivemos relações em seu quarto.
Sofia não mudou em nada seu gestual.
- Vadia, é isto que te acho, uma vadia de boa família teve sorte de arrumar um imbecil como Osvaldo para te dar um filho, sabia Osvaldo que tua amada esposa nunca te amou, isso mesmo ela tem guardado em um quartinho de bagunça junto a uma caixa de tranqueiras várias cartas, de outros homens vi fotos deles, são lindos, bem mais que você, mais também nem é tão dificil achar homem melhor que ti, em todos os sentidos, há também um diário onde ela
descreve muito bem a relação que tem contigo, somente procriação.
- Cale a boca Eduarda.
- Olhe o maridinho infiel ainda quer ser o herói da estória.
- Eu sempre soube que ela não me amava.
- Amava, tolo, ela não te ama, você não passa de um banco de esperma, futuros filhos, já que ela quer ter 4 filhos, não é Sofia.
- Deixe ela em paz.
- Oh, não era assim que ficava quando eu tinha nos lábios seu sabor, engolindo todo aquele liquido asqueroso.
- Pare de ser vulgar.
- Me devolva o que é meu.
Eduarda tira do bolso de seu avental um canivete e corta a mordaça de Sofia.
- E agora diga ai Sofia o que achou de tudo isso.
- Vá para o inferno.
- Eu ja vim de lá, não temo voltar, só quero o que é meu.
- Quanto a Osvaldo, eu sempre soube de vocês, são péssimos em esconder-se.
- Sofia.
- Cale-se Osvaldo. Sofia olha para Eduarda.
- A compra desta maldita casa foi tudo acertada e feita sob vias legais, mais entendo se tem o direito por que não.
Eduarda grita varias coisas desconexas, o garoto e a moça permanecem imóveis, nisso ela esbarra no canivete que cai no chão perto do pé de Jurandir que com certo esforço chuta este para Sofia.
Ela consegue puxa-lo para si e com isso corta as amarras sem que Eduarda perceba e os seus capangas, joga para Jurandir.
Ainda com a mão para trás diz.
- Por quê Eduarda fez aquilo com Helana?
- Oras, eu dei um jeito de ela ficar no meu lugar, foi minha cúmplice.
- Não acredito.
- A mim pouco importa, só que com o passar dos dias ela começou a gostar de vocês, principalmente deste pau velho do Jurandir.
- Respeite meu pai.
- Respeitar o quê, este traste viúvo, eu sempre notei o jeito como ele me olhava, só que eu tô fora da área geriatrica.
- Vagabunda. Sofia diz cuspindo na direção de Eduarda esta vem a ela com ódio para lhe dar um tapa, Sofia é mais rápida e a golpeia com o canivete na barriga.
- Ai cretina estúpida. Sofia lhe chuta e o garoto vem até elas mais é impedido por Jurandir que o segura, a moça começa a gritar.
- Não.
- Então você sabe falar.
- Me desculpe, me desculpe. Ela não para de gritar, nisso ouve-se o barulho de passos bem próximos, Sofia e Jurandir começa a gritar.
A porta é arrombada a golpes e 2 policiais entram com armas em punho.
- Mãos na cabeça, todos. Tempos depois Eduarda, o garoto e a moça foram levados a delegacia de Venceslau, lá fora apurado que ela realmente é herdeira, só que conheceu um advogado casado em São Paulo e por ele se apaixonou, ja havia entrado com papéis para assumir o direito a casa e outros bens, só que assinou uma procuração a este advogado que depois de ter o documento fez outros em seu nome e ainda deu queixa de que Eduarda queria lhe roubar o que possuia.
O garoto e a moça tem sérios problemas mentais e estavam internados em um asilo psiquiátrico no Paraná onde Eduarda também interna após o golpe que sofrera do advogado, lá ela fez uma proposta aos dois e conseguiu ainda de forma desconhecida fugir do lugar com eles, também admitiu diante ao delegado participar e fazer rituais de magia negra há mais de 15 anos porém boa parte do que acontecera na casa se deve ao fato do uso do ilusionismo já que o garoto ficou por um tempo
aos cuidados de um tio que é mágico.
Helana fora morta por não saber da existência de fios cortantes colocados em locais especificos na cozinha e na sala, os mesmo foram postos pelo garoto e a moça quando ninguém se encontrava nos ambientes e de madrugada.
Três meses depois.
Jurandir ali frente a sepultura de Helana deixa flores, Sofia com Davi no colo espera pelo pai, juntos saem do cemitério.
- E Osvaldo?
- Ligou ontem, esta arrependido.
- E você?
- Sabe pai, de tudo que aquela louca disse uma ela não errou tanto, realmente eu nunca o amei.
- Mais você me disse...
- Pai, eu achava agora tenho certeza posso seguir em frente sem Osvaldo ele nunca me somou em nada a não ser o Davi.
- Ele teve sorte em conseguir a transferência para Bertioga.
- Sim, até isso o destino nos ajudou.
- Ah, tenho novidades, ligaram da imobiliária, a casa esta praticamente vendida.
- Que bom, graças a Deus, nossa nova casinha menor é pura benção.
- Sim filha.
- Pai, obrigado por ficar com a gente.
- Filha, é minha filha sempre vou estar contigo.
- Obrigado.
Eles seguem para o carro onde Jurandir liga e sai, duas semanas depois chegam 2 caminhões baús na ultima casa da rua 66.
- É aqui pai?
- Sim.
- É linda.
- Foi toda reformada, fizeram uma nova cozinha e tinha um abacateiro nos fundos, fora cortado.
- Amor, será nosso ninho de amor.
- Sempre. Beijos.
As crianças correm, o garoto vai para os fundos e brinca no balanço, a menina se maravilha com a linda casa de bonecas de andar feita ali perto de onde estava o abacateiro.
- Um sonho.
- Crianças venham ver seus quartos.
Eles correm para dentro, nisso alguém acena para eles do andar de cima da casa de bonecas, a menina grita.
FIM...
OBRIGADO POR NOS PRESTIGIAREM EM NOSSOS TEXTOS, SOMOS REALMENTE AGRADECIDOS DE TODO NOSSO CORAÇÃO
FELICIDADES A TODOS, 27062017 -------------------------------------------------------------------------------------.
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