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A um Passo da Eternidade
Silvio Dutra


Em sua cela fria e solitária em Roma o apóstolo Paulo aguardava o momento da execução da sentença capital que daria cumprimento ao maior desejo de toda sua vida – de ser livrado finalmente do corpo desta morte para ser revestido da imortalidade e glória que são prometidas a todos os que amam ao Senhor Jesus Cristo e a Sua vinda.
De há muito que ele se encontrava crucificado para este mundo, pois havia contemplado não somente a visão gloriosa do terceiro céu, como também vivera em espírito, discernindo as coisas espirituais, e vendo o quão são mais excelentes do que tudo o que se possa considerar em relação a esta vida natural e terrena.
Estava feliz por ter cumprido com alegria o ministério que recebera do Senhor, na fundação de igrejas e confirmação dos crentes na fé, pela pregação e ensino da Palavra, com a confirmação desta por meio de sinais, prodígios e milagres, concedidos a ele e aos demais apóstolos para realizarem para servirem de sinal de que eram de fato enviados especiais de Cristo para aquela missão.
Se os doze tiveram o privilégio de verem o Senhor ressuscitado e que se elevou diante deles ao céu, a ele foi concedido o privilégio maior de ter sido arrebatado ao terceiro céu, onde viu e ouviu coisas inefáveis, para servirem de convicção de que pregava e ensinava coisas que tinham a sua realidade correspondente na eternidade.
Assim, sua grande aspiração era a de migrar para aquele lugar onde tudo e todos são santos, uma vez que conhecera e entrara na posse da pérola de grande valor, diante da qual tudo o que há neste mundo é restolho e de muito pouco valor.
O Deus que criou o céu dos céus, inclusive o próprio terceiro céu, que designou como sua habitação com os anjos e seres aperfeiçoados, sem que, no entanto, seja menor do que ele, pois sendo o próprio céu obra de suas mãos, não pode a criatura conter e delimitar o Criador.
O Deus que pode assumir a forma que quiser, mas que não possui forma, pois é espirito infinito e insondável, que a tudo abrange, cativou inteiramente o apóstolo para obter nele e na comunhão com ele todas as perfeições da santidade, de modo que o apóstolo esmurrava o seu corpo para atingir o alvo da soberana vocação em Cristo Jesus.
Nada menos do que a perfeição em todas as coisas era o seu grande objetivo de vida. Ele havia visto a excelência do terceiro céu, e os espíritos dos santos aperfeiçoados, e não tinha outro propósito senão o de ser como eles.
Agora, por que o mesmo sentimento que habitou no apóstolo é tão raramente visto em nossos dias? Não é porque, segundo afirmado pelo próprio Paulo em relação aos crentes coríntios, somos carnais e não espirituais?
A mente carnal não tem prazer nas coisas do Espírito, e não somente isto, como também se opõe a elas.
Se o gosto do céu e do que é divino somente pode existir no espírito, como aspiraríamos pela eternidade andando na carne, e não no Espírito?
Se é pelo progresso na santificação de corpo, alma e espírito que somos transformados de glória em glória, à imagem espiritual do Senhor, pelo Espírito, como poderemos participar deste processo andando segundo a carne e amando o mundo?
Primeiro o natural, depois o espiritual, mas até quando andaremos somente no natural? Até quando ele dominará todos os nossos afetos?
A falta de afeição pelo que é do alto, e a completa dedicação da mesma às coisas terrenas é uma evidência do quanto somos ainda carnais, pois o homem espiritual tem os seus afetos deslocados para o que é celestial, espiritual e divino, e como Paulo anseia todos os dias deixar este tabernáculo terreno para ser enfim revestido pela imortalidade.
Ele continua fazendo uso das coisas terrenas, mas não é nelas que está preso o seu afeto. Sabe que são passageiras e que até mesmo podem ser um laço e um peso para afastá-lo da comunhão com Deus.
Mas sua relação com elas não é pelo temor de perder a vida celestial, mas simplesmente porque elas já não dominam o seu coração e vontade. Foi aprisionado por elas num determinado tempo de sua carreira, mas foi paulatinamente sendo desmamado delas porque algo muito superior, infinitamente excelente havia ocupado o lugar que elas tinham em suas afeições.
Pergunte ao homem espiritual se desejaria trocar um minuto de sua nova condição no Senhor por todos os tesouros do mundo, e ele não pestanejaria para recusar a oferta.





Biografia:
Servo de Deus, que tendo sido curado, pela graça de Jesus, de um infarto do miocárdio e de um câncer intestinal, tem se dedicado também a divulgar todo o material que produziu ao longo dos 43 anos do seu ministério, que sempre realizou para a exclusiva glória de Deus, sem qualquer interesse comercial ou financeiro. Há alguns anos atrás, falou-me o Senhor numa visão que eu fosse ter com os puritanos e com Martyn LLoyd Jones. Exatamente com estas palavras. Por incrível que possa parecer, até então, nunca havia ouvido falar sobre os puritanos e LLoyd Jones. Mais tarde, fui impelido pelo Senhor a divulgar todo o material que havia produzido como fruto do referido estudo. Você pode ler e baixar estas mensagens nos meus seguintes blogs e site: http://livrosbiblia.blogspot.com.br/ Comentário dos livros do Velho Testamento https://www.legadopuritano.com/ https://spurgeonepuritanos.net/ https://jenyffercarrandier.wixsite.com
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