A minha dor é quieta...
secreta.
É um livro fechado,
um brinco guardado
em alguma gaveta,
uma flor amarelecida,
escondida
numa página qualquer.
É cena vivida
numa foto antiga;
é brinquedo quebrado,
esquecido
em alguma prateleira
da infância.
A minha dor faz ninho
e aconchega o pensamento.
É um sofrimento solitário,
rosa vermelha
de pétalas caídas,
é sudário...
é quieta.
A minha dor
é secreta.
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