Acordo lentamente, um acordo consciente.
Entre o fundo do inconsciente, e o lado presente do meu eu.
Pudera viver sonhando, ou sonhar vivendo?
Eis a diferença entre e o mero expectador sensciente,
do poeta visto como plebeu.
Ora, a desinformação impera,
Valorizam-se as quimeras
Da sociedade insincera,
Enquanto que o nobre poeta,
É visto como piegas e já não aquieta um espaço
Um laço, entre seus sonhos e a realidade de um abraço.
Oh sociedade devassa!
Escassa, de lugares em um mundo tão vasto!
- Vai-te embora daqui, passa!
- Não, não há lugar para todos, não cabe ao poeta seu lastro.
Lastro, feito de uma matéria muito mais leve,
Do que aquela de que é feita a verdadeira plebe.
Ao poeta contenta o anonimato,
Aos desabafos, de um mundo não preparado para seu ultimato
Porque seus sonhos incomodam os incautos
Derruba-os de seus edifícios altos
Para o verdadeiro sentido lato:
De que viver, é o primeiro e último ato.
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