ANDO A PERAMBULAR PELAS RUAS DA CIDADE,
NÃO TENHO AMORES, SEGREDOS,
NÃO TENHO ORGULHO, TÃO POUCO VAIDADE,
MINHAS ROUPAS SÃO RETALHOS
E ESTA NOITE SERÁ FRIA,
RETALHADO, ESTÁ MEU CORAÇÃO,
QUEM QUISER ME AJUDAR, ACEITO TUDO,
ACEITO UM AMIGO, OU QUEM SABE, UM PEDAÇO DE PÃO.
SE A GARRAFA ESTÁ VAZIA
E MEUS SONHOS PENDURADOS EM UM SORRISO SEM FELICIDADE,
DE UMA VIDA SÓ DE MEDOS,
ANDO A PERAMBULAR PELAS MÁGOAS DA CIDADE.
PÁSSAROS VIVEM A CANTAR PARA MIM
E MEU CANTO É LÍRICO E TRISTE,
INFELIZMENTE, TORNEI-ME ASSIM,
FRUTO DE UMA SOCIEDADE INDIVIDUALISTA,
SÍMBOLO DA CAPACIDADE REAL DE UM INÚTIL,
PEDINTE DA RAZÃO DE SER O QUE SOU,
O FAGELO DO FLAGELO DE UM FLAGELADO,
O NATAL DO RATO SEM SUA CEIA,
A GARRAFA ESTÁ QUASE CHEIA,
EM MINHA CAMA DE CONCRETO, LÁ NA PRAÇA,
DEITO MEU CORPO SUJO E CANSADDO,
LÁ EU SONHO E ATÉ ACHO GRAÇA,
E ADORMEÇO EM MINHA DESGRAÇA.
SE MEU MAU-CHEIRO TE INCOMODA,
PEÇA A DEUS PARA QUE CHOVA,
POIS ASSIM, BANHAR-ME-HEI,
MAS SE MINHA VIDA NÃO VALE NADA,
PEÇA A DEUS PARA QUE EU MORRA.
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Biografia: SOU UM RAPAZ BEM COMPLICADO, MAS QUE TAMBEM TÃO CARINHOSO, SOU INOCENTE, SOU CULPADO, MAS QUE TAMBEM SOU O QUE POSSO. UM SER HUMANO, UM ANIMAL, DE MUITA FIBRA E TANTAS RAÇAS, DIZEM QUE EU NÃO SOU NORMAL, MAS SER NORMAL NÃO TEM MAIS GRAÇA. EU SOU TÃO LOUCO SONHADOR, SONHO COM COISAS IMPOSSÍVEIS, SOU ALEGRIA E MUITA DOR CARREGO EM MINHAS CICATRIZES, FALO DE AMOR, DO MEU PASSADO E NÃO ME SINTO ARREPENDIDO, SOU UM SENHOR APAIXONADO, DE OLHAR DISTANTE E SEM JUÍZO. SOU ESCRITOR DAS MADRUGADAS, COLHO PEDAÇOS DE SENTIMENTOS, SOU O QUE SOU, NÃO SOU MAIS NADA, SOU O QUE QUER MEU PENSAMENTO. ESPIRITUALIZADO PELO SOL E PELO VENTO, SIGO OS RASTROS FEITOS PELO CORAÇÃO, TENHO MUITA VIDA MAS POUCO TEMPO, MUITAS VONTADES E A SOLIDÃO. SOU UM RAPAZ BEM COMPLICADO, UM SER HUMANO SEMPRE A PARTIR, AMIGO SEMPRE DO TEU LADO, SOU POESIA, SOU VLADIMIR.
VLADIMIR |