Que este silêncio não seja eterno,
Na vida que levo de lembranças,
Pelos caminhos do sacrifício,
Pelas lágrimas derramadas,
No tempo e na distância,
Daquela infância perdida.
Que este silêncio não seja eterno,
Para eu não perder a fé
Para eu não perder a esperança.
Para pôr fim a este silêncio:
Que venham novas estações,
Que venham novos frutos,
Que venham novas flores,
Que surjam novas cores.
Para o amanhã, nova vida.
Novos sabores.
Para esta quietude quero os mais mágicos sons:
Dos céus, os raios e trovões;
Do mar, o bramir das ondas;
Dos pássaros, o cantar;
Dos ventos, o assobio;
Da mulher, o choro em risos de felicidade.
De mim, basta o viver em palavras e movimentos como um novo ser.
Que este silencia jamais seja eterno para nós!
Mperza Marivaldo Pereira Souza
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