Cheguei ao sopé da montanha.
Encontrei duas trilhas à minha frente.
Decidi-me por uma delas
e segui em frente.
Caminhei por aquelas trilhas
sabendo que me pertenciam.
Faziam parte
do meu reino encantado.
Sou a dona dele.
Seguia acariciando com carinho
cada pedacinho de vida
que encontrava pelo caminho.
Cheguei enfim à floresta
do reino encantado.
Deslizei as mãos em suas
folhagens macias.
Vi pela primeira vez
a torre encantada,
de cúpula arredondada
que existe bem no centro
da vaga floresta.
Contemplei-a como alvo
a ser alcançado.
Aproximei-me.
Toquei-a.
Deslizei lentamente
os dedos
em suas paredes,
sentindo sua imponência,
sua majestade e o doce calor
deixado ali pelo tocar
dos raios de sol.
Meio com medo,
meio tímida,
mas desejosa por possuí-la
e ser dona definitiva
de minha conquista,
de minha descoberta,
brincar de princesa
ou rainha
no alto
de sua majestade
e dali,
gritar ao mundo
minha alegria,
meu prazer
em estar ali,
subi suas escadas,
uma a uma,
sentindo o prazer
em ser naquele instante
a única
e a mais amada das rainhas
do reino encantado
da vaga floresta de luzes.
E, depois de muito brincar
tomei posse do meu achado,
a torre do reino encantado,
do reino dourado...
|