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Hoje acordei diferente. Decidi que faria do meu dia o mais diferente de todos. Não pensaria no futuro, não se lembraria do passado, viveria o momento. Bateu-me uma epifania, nada revolucionário, inovador, algo que já foi dito por filósofos e cantores, o tempo é inexorável, é uma das poucas coisas que são capazes de render um homem sem dar a menor chance de contra-ataque.
O futuro é importante, é necessário planejar, se precaver, buscar evolução espiritual e material. Afinal, todos querem melhorar de vida, todos nós nascemos com a ânsia de que seriamos grandes. Já disse Tyler Durden: “Fomos criados através da TV para acreditar que um dia seriamos milionários, estrelas do cinema ou astros do rock. Mas não somos. Aos poucos tomamos consciência do fato”. Será que realmente temos tal consciência? Será que tal consciência significa que devemos desistir ou que devemos nos manter na luta?
Pensar no passado, apesar de ineficiente nos trás bons e maus sentimentos. A nostalgia pode ser uma sensação melancólica, porém, ao mesmo tempo nos faz recordar de sentimentos felizes que vivemos. Precisamos pensar no passado para evitar erros que cometemos e esperamos que não mais se repitam. Sempre se repetem.
Mas é no presente que vivemos. É ele que nos alimenta, qualquer anseio, qualquer nostalgia, qualquer planejamento, é nele que se encontram. Saltemos para o futuro, demos um passo atrás no passado, esses movimentos só acontecem espiritualmente. O espirito deve ser alimentado, mas deve viver em harmonia com o corpo que nos move, e este, vive no presente.
Hoje resolvi pensar no presente, já tive esse pensamento diversas vezes, tentei não planejar, não me prevenir para o amanhã, esquecer minhas brincadeiras de infância, minhas aventuras na adolescência. Como em todas as outras vezes, falhei miseravelmente. Meu espírito vaga pela imensidão do tempo. O único momento que ele não consegue alcançar nesta linha temporal é o agora.
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