Peço perdão por não respeitar momentos onde imponho minhas feridas sendo que a suas também precisam de atenção. As vezes falta o que faz enxergar, que preciso me deixar para depois. Essa mesquinhez vestida de um jeito amoroso de ser, para que eu não me sinta mesquinho.
Demorei, assim dizendo, metade da minha vida para entender sobre muitas coisas. Isso foi quando te conheci. Despertei, renasci.
Definitivamente o amor nos melhora. Você trouxe "vida com cores" para dentro de mim e se tornou especial. Gratidão!
O cansaço de todas as ilusões e de tudo que há nas ilusões. A mágoa de as ter tido, a vergonha, a frustração de as ter tido sabendo que teriam tal fim. Não queria te perder.
As vezes o óbvio não vem a tona.
Declaro que nada sou, estou em construção, não tenho certezas. Não pense que me despeço, as forças diminuem, sim eu entendo, aqui jaz... Também já passou da hora de desfazer das bobagens, das minhas bobagens. Bobagens que devoram minha doçura, falsos tesouros. Intrigas, ciumes, minhas vergonhas, receios... Uma fogueira de mim. Se vá, não sentirei saudades. Jogar fora as tralhas, realizar uma faxina.
Reensinar todos os dias é necessário para que eu possa refletir, me sentir sereno em minhas marés, adormecer desnecessários medos, trocar as velhas fechaduras, abrir as portas para a leveza. Sou eu quem carrego as chaves das próprias prisões que crio.
Que eu volte a ser quem eu nunca fui. Que meus monstros se tornem compaixão. Tenho equilíbrio, busco por mais, é como está em uma corda bamba. Mas se for necessário, que seja.
Minhas palavras estão tomando cores, já não são pálidas... há dor para nascer cada palavra. Por que não navegar? A maré dos pensamentos. Somos todo dele.
Anuncio verdades, vontades, desejos...
Me despeço do meu passado, viro a folha do ano velho do meu calendário, abrir os gomos, semear, banho-me. Me reinventar!
Me entrego a você para passear descalço, cantarolando neste mundo, olhares, beijos com lábios macios, pele macia, cultivo o amor, um fruto com todas suas fases. Uma troca mútua.
Perdoa, por não conseguir fazer do meu corpo o teu recomeço.
Se algo dentro de ti mudar, escolha-me dentre tuas flores.
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