A cada dia que passa dentro do mar de areia
mais dias nascem e suas irmãs, as noites,
refletem o brilho desses nascimentos,
mil sóis e seus olhares doces...
A cada movimento buscando dar mais que receber,
mais recebo o que nunca mais poderei devolver,
tanto amor e tanta vontade de ser feliz,
mais ame, o amor, me diz...
Nem reparo que envelheço
como a rede do pescador,
que menos peixes e mais sentimentos
pesco todo dia,
que muito mais que curar o que nos dá a dor
abro fendas no corpo de mil partes
dessa poesia...
O que na mesa ponho te ofereço,
menos do que queria, mais do que tenho,
nenhuma gota mel desse tem preço,
já nem sei mais de onde vim e venho...
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