Sublime
é o amor que, desconhecido,
aparece escrito num muro da cidade,
palavras sujas, grafite amanhecido
no coração da liberdade...
Sublime
é a versão do amor para diferentes línguas,
que buscam fonemas que mais se pareçam já,
até criarem a nova Babel que não finda
o amor que sabe em todos os idiomas falar...
Sublime
é a vasta planície silenciosa que espera
que a borboleta voe sobre si, hipnótica,
que então se alvoroça como faminta fera,
estética poesia sub-semi-toda semiótica...
Sublime
é aquele que desaprende
de prender e reaprender a verter
de seu labirinto o fio que acende
inúmeras saídas para desprender
de si o que tantos outros poderia ser...
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