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"Pode ser seu senhor ou seu escravo, pode transformá-la numa força mágica, ou utilizá-la o resto da vida sem nunca dar-se conta de seu imenso poder. Esta força está em tudo que nos cerca, está no mundo visível dos homens, e no mundo invisível dos místicos. Pode ser massacrada, humilhada, escondida, ou até mesmo negada. Pode ficar anos dormindo, esquecida num canto qualquer, pode ser tratada pela raça humana de quase todas as maneiras, menos uma: no momento que alguém conhece esta força, nunca mais, em toda a sua vida poderá esquecê-la." Paulo Coelho, Brida.
E é citando um de meus mestres que eu começo falando sobre uma força que ajuda a mover o amor. A força que todo ser vivo conhece, a força que cabe as mulheres a chave dos mais profundos segredos e que por causa dessa força foram obrigadas as viver num mundo hostil. Há lugares onde esta força é abominada, porém, usada por baixo dos panos. Quem toca nesta força, mesmo sem saber, está ligada a ela pelo resto da vida.
O sexo.
Corrompido. Talvez essa seja a definição do sexo hoje em dia. Tratado como algo banal e impuro, hoje ele pode ser encontrado em qualquer esquina, tratado como mercadoria, por baixo preço e alta demanda. Falar de algo tão delicado e forte ao mesmo tempo é difícil e intrigante. Sempre vi o sexo como o ápice do amor humano, quando não há nada mais importante no mundo do que se entregar a uma pessoa e deixar que a linguagem corporal faça seu trabalho. É onde o silêncio trabalha entre gemidos e suspiros de alivio e prazer. Acredito que o sexo seja a maior prova de amor que uma pessoa pode dar a outra, pois nesse momento é quando dois corpos chegam ao limite de sua vulnerabilidade, onde uma pessoa pode fazer o que quiser com a outra. Se submeter a uma situação dessas não é algo fácil e demanda muita coragem (ao menos ao meu ver). Iniciar uma relação sexual é entrar em comunhão com outra pessoa e deixar que seu corpo diga a ela o quanto o ama, e o quanto quer que fiquem juntos para o resto da vida. É se encontrar com a origem do ser humano, é se reencontrar o sentido da vida e com Deus. E não há como falar de sexo sem tocar no assunto religião, que no meu ponto de vista sempre mostrou que o sexo era algo sujo e que só deveria servir para um motivo e apenas após o casamento. Mas se o sexo é a prova de amor de uma pessoa à outra, então quer dizer que só podemos amar nossa Outra Parte após nos casarmos? Não no campo das minhas ideias. Você pode e deve amar em qualquer idade, situação ou lugar e o sexo é o poder que temos de demonstrar isso da forma mais pura e simples possível. Nossa forma de alcançar um prazer tão grande que nos faz esquecer de tudo e nos preocupar apenas com o amor que sentimos um pelo outro. Levo comigo a ideia de que só há sexo se for com amor. Sexo com a finalidade de acabar com a vontade do prazer é banal demais e só cabe aos que são vazios de alma e se perderam entre suas vontades. Deve haver harmonia entre os corpos, amor entre os corações e uma vontade de se descobrir em cada mente naquele momento. Pois é ali onde acontece a metamorfose do universo, onde a matéria que compõe os planetas, as estrelas e as galaxias entram em sintonia e formam novas linguagens que preenchem a Alma do Mundo.
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