O homem agradece a Deus mas morre...
A vida, cópula entre o absurdo e o medo,
reina por tempo limitado,
escraviza os sentidos,
liberta o horror,
vive de pecados...
Faz com que estátuas se ergam a deuses,
faz com que abelhas morram felizes,
faz com que a casa seja varrida
todos os dias,
acende a lâmpada,
come o pudim,
farta-se,
recosta;
a morte, senhora de posses
vem e liberta o escravo,
acaba com sua tosse,
tira-lhe o espinho,
o travo...
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