A beleza do mundo se espalha sem medidas;
pinceladas aqui e acolá, resta à vida
acolhê-la com se uma filha fosse,
que viesse à festa e ainda
trouxesse doces...
A beleza não nasce e nem morre,
apenas ocorre
como sombra que ao sol nasce,
expõe sua face
ao olhar do homem que vive no absurdo
mundo de cores separadas
como se quisesse separar
o tudo do nada...
Por ser bela à beleza não compete
medir a beleza da flor e nem do campo;
augusta, exuberante, a si promete
um ar de permanente espanto
a quem a vê passar
com seu jeito
de quem amou,
ama ou vai amar,
sempre muito,
no entanto...
Não há feiura que se compare a si,
nem outra forma de vivê-la;
a quem a compreende e a faz feliz
põe-se nesse céu como bela estrela,
nem rugas faz quando ri...
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