Conheci um homem
que fazia poesia com suas células vivas
e novos poemas surgiam
e os antigos comiam
até que fosse ele o poema
além da tinta e da pena fria...
Dizem, os que o leram, vorazes,
que versos nasciam em sementes loquazes,
surgiam como faz o sol nascente,
debaixo de árvores, entre quentes
fluxos de rios e corredeiras,
que até hoje, abraçados ao capim,
nascem poemas que começam assim:
"Conheci um homem..."
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