Acompanhou-me até o portão.
Apertei-lhe a mão do jeito tradicional em cumprimento secular, algo que não conseguira mudar em mim. Subi na bike e, pensei em dizer a verdade, ele não estava pronto.
--Adeus!-- foi o que ocorreu-me falar, sabia que fecharia o ciclo se dissesse esta palavra que os ateus, contrariados, não podiam evitar; Pensei mais um pouco e olhando pra trás em seus olhos soltei uma pista. -- Já estava escrito!-- ele não entendera, se soubesse que meses atrás eu havia escrito minhas histórias e profecias.
O interesse deveria ser mútuo, ele não entendeu.
A amizade suspensa de um lado, não perdura.
Amar sem ser amado foi a lição, a minha ao menos.
Olhei mais uma vez depois de pedalar, ele continuará a observar através do portão. Sorri para mim mesmo, o bálsamo de sabedoria envolveu o meu espaço mágico. Se ele soubesse...
O jogo nunca terminaria, esse é o meu dom, minha onda leva tempo, mas ao final ela encontra o litoral.
O Sol de outono transmutou meus cabelos ao tom das folhas que tanto ama e, de bike pedalei segurando a primeira temporada de Game of Thrones.....
Esse é o ano da Esfinge!
(Para Ricardo P.L. que me deu coragem.)
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