Cena I:
Pedalando no obscuro, a Sacerdotisa pagã colhe e admira o Lírio-escuro.
Por vezes fez a trilha notória, no ermo próximo agora, quão desolada vivia então, em seu íntimo de solidão.
O deleite junto ao hábito de colher ervas a fez pedalar, pé por pé, observando a vida noturna sem rumo, sem lar.
Alvorece, continua a pesquisar, até ouvir um ruído ou linda voz a cantar.
A ponta dos pés são seus cúmplices, na surdina chegando, onde nunca olhar pusera viu um homem mergulhando.
O Rio feroz, tenta o homem afogar, porém os cavalos d'água não são páreos, para a juventude reivindicar.
Bisbilhoteira maliciosa, esperou-o subir a margem, uma visão inédita, o homem vestindo-se de orvalho tocado por aragem.
Suas crenças à impedia, de ceder ao desejo implacável, e com esse dilema ao romper do dia, surgiu-lhe um sentimento indomável.
Confusa e arfante, voltou-se para a trilha, em poesia vivente, caminhou-se por milhas.
Não mais velo, dividir-se em paixão e vida, escolheu a vida, em vez do belo.
|