Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
Quando eu nasci
jbcampos

Quando eu nasci

Numa casinha singela, lá estava ela, minha santa madrinha-parteira, após passar por várias porteiras. Em sua benemérita carreira já havia parido muitos recém-nascidos, trazendo alegria àqueles maridos de tempos indos. Assim as mães se alegravam pelo tão esperado acontecido. Lá estava eu, segundo os relatos; de parto normal, um obeso e piloso quase fatal, tal qual lutador de sumô, assim relatava o meu querido avô. Então o rebento foi crescendo até que um dia madrinha engordou sobremaneira, e teve a morte por companheira, fora acometida de barriga d’água, com a qual me senti muito magoado. Como pode uma santa daquelas ter padecido assim, fui ao jardim e desabafei com o meu pé de jasmim. Fiquei indignado com aquela maldade e não entendi o porquê duma morte tão mesquinha, já que a natureza é tão rica e dona de tudo o que tem e tinha, e, assim foi lhe dar tão pobre “sobretudo”. Nesta velha concentração lusófona do português vem à contraposição do corretivo da língua a me pedir para colocar uma vírgula antes do sobretudo, contudo, estou tratando de um substantivo-provérbio e não dum advérbio, que nada mais é do que o caixão de defunto qual vem para estragar o assunto. Agora se você não gostou do substantivo-atual, paciência meu irmão, eu também não gostei do que aconteceu com minha madrinha, porém, jamais vou fugir dessa rinha. A vida é uma arena qual somente agora eu entenda, após continuar obeso por décadas e mais décadas, parece que vou padecer indefeso, acima do peso, porém, vou além, não deixarei cair à peteca.

Sou bem idoso e vaidoso, um velhinho levado da breca...
Ai vem lusofonia fremir ao meu ouvido: Levado a breca...

Ah... Vá se danar, não vê que estou tratando de minha madrinha.

jbcampos


Biografia:
Aposentado
Número de vezes que este texto foi lido: 59456


Outros títulos do mesmo autor

Poesias Mestre jbcampos
Poesias miscelânia parnasiana jbcampos
Poesias Empreendedor poeta jbcampos
Poesias O coração de pedra jbcampos
Poesias Carta de amor jbcampos
Poesias O dia em que o ego morreu jbcampos
Poesias Viver é arte jbcampos
Poesias Gostaria jbcampos
Poesias A força que move o poeta jbcampos
Poesias O Redentor chorou jbcampos

Páginas: Primeira Anterior Próxima Última

Publicações de número 21 até 30 de um total de 860.


escrita@komedi.com.br © 2025
 
  Textos mais lidos
441 anos de Sepetiba – Comemorar e lembrar para evoluir? - Bianca de Moura Wild 60268 Visitas
Naquela Rua - Graça Queiroz 60235 Visitas
"Caminantes" - CRISTIANE GRANDO 60203 Visitas
PÃO, CIRCO E AMOR - Lailton Araújo 60195 Visitas
Vida Amarrada II - Lenda Dupiniquim - J. Miguel 60193 Visitas
Jazz (ou Música e Tomates) - Sérgio Vale 60182 Visitas
Criação - valmir viana 60176 Visitas
RESENHAS JORNAL 2 - paulo ricardo azmbuja fogaça 60136 Visitas
O Desafio do Brincar na Atualidade - Daiane schmitt 60134 Visitas
Conta Que Estou Ouvindo - J. Miguel 60112 Visitas

Páginas: Primeira Anterior Próxima Última