Enganei-me outra vez.
Caí mais uma vez,
nos emaranhados de fios
que eu própria criei
achando, que com eles,
ligava os espaços vazios
do universo.
Ledo engano.
Como sou tola.
Embrulhei-me em mim mesma
novamente, e na solidão
de minha própria vida.
Minha vida não é um brinquedo.
Minha vida é coisa séria.
Não é uma bola
que deva ser pisada
ou chutada de um lado
para o outro de acordo
com os ventos
e com as tempestades
exteriores.
Para mim, ela é preciosa
e digna de ser vivida
e compartilhada.
Mas engano-me.
Engano-me.
Para fora de mim
seu valor é exíguo.
Que cumpra-se então
o seu desígnio...
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