Luzes amargas, gélidas sombras
Expressam o tempo em pesadelo
Em um intenso turbilhão de ondas
Entre estruturas de ar e gelo.
Sonhos de mármore e ferro
Percorrem as velhas ruas
A sugar imagens nuas
Das questões que eu mais erro.
Na cor fria do medo
O silêncio sombrio e pleno
Deslumbra a sagacidade do veneno,
Espectro turvo, híbrido segredo.
E nesse paradoxo minha dor enterro
Sobre espelhos das variantes luas
Que demonstram que só são tuas,
As lembranças que não mais quero
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