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Ler: se eu quiser aprender...?
Nilma da Silva Sodre

Ler: se eu quiser aprender, você me ensina? Confirmadíssimo; é para essa pergunta que temos que encontrar as respostas. O nosso I Fórum de Leitura apresentou algumas alternativas de respostas, promoveu a discussão de que é necessário aprendeu muito sobre todas as coisas; as nossas proposições ou indagações acerca do projeto refletem justamente isso : o acúmulo de experiências e formações não tem nos credenciado suficientemente para expor nossas capacidades, nossas fragilidades, “nosso saber fazer”. Em tese, esperamos sempre um padrão de resposta, um paradigma desenhado, um desempenho qualitativo lógico, uma definição coerente, uma inspiração importada, tudo muito certo, decifrado... aí eu deixaria uma pergunta: que graça teria se houvesse nesse evento um único modelo , sem possibilidades de reescrita, de reinvenção, de redefinição?
Com essa geração e todas as demais tenho aprendido inúmeras coisas, tenho prevenido, tenho compartilhado, assumido a inutilidade do orgulho; tenho sido surpreendida, ora servindo de modelo, ora sendo execrada, continuo com o mesmo comportamento esquisito, com hábitos similares aos demais humanos; diante disso, posso sentir-me bastante feliz se dessas ideias expostas eu conseguir inspirar novos hábitos, construir novos leitores, conduzir pessoas à projeção efetiva de um novo olhar. Não será através de gestos análogos que começamos a mudar o mundo? Não será de um primeiro passo que percorremos longas caminhadas? A edição desse fórum não nasceu pronta, abordou temas conhecidos, abriu espaço para os mais distintos leitores, ouviu, acreditou, revelou talentos; de tudo sempre fica um pouco, ficou um pouco das possibilidades para educar melhor, da UEB Profª Assunção; das paródias e coreografias do Paulo Diniz, do Sítio do Meio , da Lagoa dos Costa; das peças teatrais do Emília Melo, Pontes de Aguiar ,do Povoado Cajueiro; do Laura Costa, do Deus é Amor; declamação de poemas do CC Santa Maria Bertilla, da palestra da professora e advogada Norma Silva “ O direito social à educação..”, considerando a palestra o elo entre aquilo que estávamos propondo e os trabalhos que somos capazes de produzir; é isso: a discussão deve ser para nós aquilo que temos condições de fazer pelo nosso aluno.
Nesse espaço, não há razão para esquecer-se de nada, a gratificação que tivemos com a apresentação do Jornal da Água, com as alunas Ana Patricia e Viviane, do povoado Lagoa dos Costa, foi da mesma proporção com a exposições, com as cenas teatrais do Colégio Dr. Magno Bacelar, com o boizinho “Encanto de Criança” do J.I Alice Araújo, da UEB José Soares Mendonça, do Povoado Serraria; com as oficinas, acontecendo na UEB Emilia Melo, com as apresentações culturais,as contribuições da comunicação, com isso, a partir da conversa proposta pela professora Norma , entre a argumentação de uma teoria e outra, convergimos nesse sentido “o quem tem realmente impacto no desempenho do aluno é o professor. Professor no sentido de sua formação, carreira, motivação, valores. O resto é residual.” Essa iniciativa falou disso: do direito básico de ensinar a ler e escrever, procurou cumprir a responsabilidade de que somente através da leitura é possível adquirir um novo olhar, disse ainda que é papel nosso alcançar essa projeção; o I Fórum de Leitura vislumbrou o espaço não para o apontamento de críticas, mas para a divulgação de experiências e sugestão de alternativas .
Como sou bastante suspeita, não espero “está bem na foto” pretendo antes, conduzir nossos colegas para a produção acadêmica, para os registros de artigos, para a defesa e apropriação de ideias, para a promoção do avanço coletivo, para a expansão do conhecimento além dos quadros da escola, no mais, espero sim, que haja pluralidade para a pergunta inicial “se alguém quiser aprender, vem que nós o ensinamos”. Do refrão de um rap, pude trazer mais uma resposta “da vida a gente leva a vida só, aproveite pra sonhar, tentar, fazer, errar, aprender a viver”. Meus textos, minhas impressões, não cumpro demandas: I Fórum Municipal de leitura, projetando o meu olhar. Obrigada!!


Biografia:
Nilma da Silva Sodre, natural de Urbano Santos, professora da rede pública, publicou em 2006, um livro intitulado Confissões (in)Versos, contendo poesias diversas, atualmente mantém um blog cujo título ArteSingullar tem atraído alguns leitores. Se tiverem interesse acesse: contosetal.blogspot.com
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