ASSOMBRAÇOES
A minha cidade
Tinha um pouco de fantasma pra se contar
Não só de mulas sem cabeças e boi tá tá
Eram de fantasmas que estavam a assustar
O povo que morava no lugar
A casa de Bóia...
Depois das seis,nem pensar
Os fantasmas perambulavam pelo ar
E,a minha mãe me exortava
Para depois das seis eu não passar
Mas,eu estava à namorar...
Não dei nem valor a ela e nem a lenda do lugar
E,fiquei,como se fosse,a desafiar.
Todos os dias,atravessava a cidade
E,ia,namorar
Não tinha medo de fantasmas e nem de boi tá tá
E,mula sem cabeça
Era uma HISTORIA que não dava para imaginar
Era,folclore das antigas,
Vinha eu a pensar
Certo dia quando volta para casa
Sem ninguém na rua está
Eu vejo uma roupa branca,voando
À alguns metros,em minha frente,sem parar...
As pernas ficaram bambas,e parecia,que ia desmaiar
Tomei fôlego,e comecei a me desesperar
Pois,queria correr,e as pernas não saiam do lugar
Acheis que a praga que a minha mãe falava
Estava a me pegar
Rezei,clamei,orei , e fui pra frente,a enfrentar
Quando cheguei perto
Aquela sombra pulou para mar....
Quando isso aconteceu
Eu, de curioso,fui espiar
Mas na praia,nada parecia estar
Fui tomado de medo e pânico,sem parar....
Usei toda a minha força
E,perna pra quem te quer, sem parar....
Parei na barraquinha do seu Chico Rato
E,comecei a respirar
E,pensava ao chegar em casa
O que iria contar
Eu só sei,Que depois daquele dia
A minha mãe não quis deixar eu namorar
Mas,como moleque teimoso
Eu,ia,assim mesmo
Mas,mais cauteloso
Com medo do fantasma
ME pegar...
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