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LIGNUM
A. CJ.

Introdução experimental:
     Mais um dia se passa e eu aqui estou, parado perto da torre da radio Alpha, em um antigo palanque, comendo uma maça e olhando esses bobos garotos que se acham, de certo modo melhores que todo mundo usando suas habilidades para causar agonia nesse pobre cão, isso porque ele é o melhor amigo do homem atualmente. O mais alto e ruivo se chama Rud ele é um ano mais velho que eu no colégio, sua família é pertencente ao tradicional clã de fogo, o gorducho chamado de Trakin apenas rindo e cuspindo migalhas de salgadinho, ele pertence ao clã da eletricidade, novos na cidade e no mundo de um mundo geral, foi o ultimo elemento a se tornar oficial no planeta. E o menorzinho é o meu irmão mais novo, o Vasto conhecido como Peste, ele herdou a habilidade do fogo da família faz 3 anos, tenho desprezo dele pelo o que ele faz, me causa uma certa agonia porem não posso culpa-lo talvez se eu já tivesse sido liberto do meu estado neutro seria que nem ele. Meu nome é Tiberius Granna ou Peso, pois não passo de um peso neutro, tenho 11 anos e ainda não fui liberto da neutralidade, hoje em dia uma criança normal aos 7 anos é liberta, meu irmão mais novo aos 5 anos foi liberto, hoje ele tem 8 anos, o orgulho da minha família, o jovem prodígio. O mundo é muito estranho, antigamente meus avós diziam que tudo era dividido em países, com suas línguas, religiões e seus costumes próprios, acho que era melhor desse jeito, cada um no seu espaço, seu lugar próprio e não igual hoje que temos que seguir vida estipulada pelo seu clã e tendo a disputa de poder diária com o pessoal da sua comunidade, aonde no mundo não se pode demonstrar fraqueza. Até já pensei em fugir, mas não teria para onde correr nesse planeta abstrato, que é 50% florestas, 30% água e 20% cidades/vilarejos, este é o pais que vivo Reggion, no planeta Lignum.
     Terminei minha maçã, os idiotas da rua pararam de atormentar o cansado cão sem dono, vou passar despercebido para que eles não me atrasem a vida, e me poupar de ouvir mais coisas de como sou fraco... - Ei, Peso, venha cá, me mostre como estalar os dedos e aparecer fogo – diz meu irmão caçula. - É seu monte de merda! Porque não armamos uma Pugna hoje, você pode usar uma caixa de acendedor, hwahwahwa – fala Rud com ar de deboche
Respirei fundo e continuei andando e conforme ouvia as provocações dos três idiotas ficava mais bravo ainda, porem nao havia nada para fazer apenas ficar na espera que algum milagre acontecesse pois ouvia os passos deles na minha direção e as risadas aumentando. Ao dobrar a esquina da praça dos 7 erros escuto passos acelerados em minha direção quando me viro um punho fechado na minha face , não consegui nem fechar o olho, foi certeiro esse soco de Trakin, ao me levantar fico tremulo não sei nem o que vou fazer a respeito, vejo Vasto e Rud com chamas nas mãos e Trakin envolto de uma rede elétrica, percebo que de mim para aquele cansado cão não havia diferença nenhuma – Vamos seu maricas, porque não levanta e briga como homem, papai deve estar orgulhoso de ver você no chão – diz Ralf, o que me deixa muito nervoso e me faz levantar e quando vou para cima recebo apenas uma bolota de fogo puro no peito que queima toda minha camiseta e um pouco do meu corpo, sem muito o que fazer fecho os olhos e espero vir mais golpes certeiros quando de repente sinto água no meu rosto e minhas roupas, ou o que restou delas, ficarem molhadas quando abro os olhos vejo Mira minha única amiga, habilmente manipuladora do elemento água, que com três jatos certeiros joga para longe os três palhaços – Seus inúteis não sabem que lutar com alguém com neutralidade é crime ? Lutem comigo, seus elementos fogo não ajudarão em nada. – disse ela para os três no chão quase que apagados. Eu me levanto um pouco irritado e saio a passos rápidos dali, ouço Mira me chamando e eu grito para ela – Não pedi sua ajuda!!! – percebo que ela desiste de vir atrás de mim, quando chego na porta de casa ouço passos atrás de mim, mas parece um pouco diferente de uma pessoa, quando viro a cabeça por cima do ombro vejo que é aquele cãozinho maltrapilho que me seguiu, pego ele no colo e vou em silencio para meu quarto que fica em uma edícula no fundo da casa, decido chamar ele de alguma coisa, mas nada me vem na cabeça, apenas o desejo de ser mais forte, ser pelo menos um Bellator, um guerreiro nível inferior, até meu irmão já recebeu proposta quando ele tiver idade suficiente que no caso seria a minha idade. Forte. Esse é o nome do cãozinho.
Mais de três horas deitado na cama e não consigo dormir, já se aproxima das dez horas da noite e amanha tenho um dia importante, a formatura do passe do fogo para o meu irmão, não posso perder de jeito nenhum, é uma pena que provavelmente vou ficar muito doente, já faz um tempo que recolhi folhas de Amara, erva mais amarga da região para curar ferimentos, elas com certeza irão me fazer vomitar. Tomo um susto muito forte, a porta do meu quarto abre e é meu pai – Você seu neutro desgraçado, não quero que você nunca mais ande com aquela menina da Água ! Sabia que o Vasto estava no hospital até agora ? O elemento dela neutralizou o fogo dele, por sorte ele estará recuperado ate amanha. Você é uma desgraça para a família – diz ele com um pouco de raiva eu acho, ao bater a porta ouço meu irmão resmungando algo para meu pai, como se fosse um ataque surpresa em mim, mas meu pai da uma bronca nele e ambos vão dormir. Acordo assustado com barulhos na janela, olho para o relógio em cima do espelho e vejo marcando três e meia da manha e nada na janela, viro para outro lado na cama e ouço um ruído de alguém me chamando, quando olho novamente na janela está Mira. Com seus longos cabelos negros vestida com um shorts jeans, camiseta amarela e descalça olhando para mim, logo dou um pulo da cama, olho e ainda estou com a mesma roupa de tarde , não me preocupo muito com isso e já abro a janela - Olá – digo, ela responde com aceno e entra silenciosamente no meu quarto – Está mais calmo ? Deveria deixar você ser carbonizado lá – já meio irritado devido ser acordado a essa hora e ela me humilhando desse jeito estouro respondendo – Você só queria demonstrar seu poder lá, e não me salvar tenho certeza¬¬¬¬¬¬¬¬ – ela me olha com um olhar de reprovação e olhando para baixo retruca com uma voz quase que angelical – Desculpe, estou nervosa quanto a Transição de poderes amanha, só queria te ajudar, não gosto daqueles garotos! Ei veja você acolheu o cãozinho... Ei pequenininho... Como você está? – diz. O nome dele é Forte penso na minha mente, porem não consigo falar nada ao admirar a cena dela brincando com ele, acho que tenho uma admiração secreta por ela – Que tal se sairmos amanha depois da sua transição? – digo bem mais calmo. – Pode ser. Mas tem que ser lá pelas quatro horas da tarde, pois vou almoçar com meus pais - diz ela olhando em meus olhos. Desvio um pouco o olhar e penso na Transição, já fui em varias do fogo, são muito lentas e muita burocracia acontece por lá , por isso ela deve ter marcado tão tarde comigo. – Então está combinado. Até amanha e não se meta mais em encrencas – sussurra para mim, com um beijo na minha buchecha esquerda e sai pela janela. Fico admirando ela ir embora e penso que ela sim é uma guerreira nata.


Biografia:
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Outros títulos do mesmo autor

Crônicas Não A. CJ.
Juvenil Fim de Duelo A. CJ.
Juvenil EPILOGO A. CJ.
Juvenil LIGNUM A. CJ.


Publicações de número 1 até 4 de um total de 4.


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