Sou a vida. E a vida continua. Se sou a vida tenho ânsias de mim e quero viver.
Não há pecado ou dor que se enraize no recôndido do nosso coração que não possa ser encontrado e desarraigado pelas mãos do amor.
Lidamos com o tempo dentro de nossas horas e de nossas angústias de viver e mais viver. Mas as angústias, os medos e as dores pelas quais eu e você passamos não são um fim em si mesmas. Mas são um meio para se chegar a um fim. Qual fim, só o tempo nos dirá.
Mas de uma coisa sabemos. O que vivemos no passado jamais se apagará. Faz parte de mim, faz parte de você. E se nossas vidas se cruzaram em determinado momento, mesmo que tenha sido somente neste em que você lê estas linhas que escrevo, é porque ali fomos a metade de nós dois.
E não sei de nosso futuro. Nem do meu, nem do teu. Não sei se nossas vidas um dia vão se cruzar outra vez nas vagas do tempo.
Mas de uma coisa tenho certeza. Neste momento, querendo ou não, enquanto você me lê, porque você me lê, somos um em nós mesmos.
E também sei que nosso futuro enquanto pulsar a vida dentro de nós, é de vida.
E se é de vida, quero viver. Quero ser. Que seja. É só isso que importa. Viver. Com dignidade de amor.
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