Janela ao sol. O relógio transpassa a curta soberania de quem dorme. O sono incomoda, e o odor do café se propaga por toda casa. O galo canta, encanta, abrilhanta... E é no TIC-TAC do relógio, no papo furado do papagaio um lindo dia começa. Vem com tudo, vem animado, acalorado... Vem mostrando seu sabor, o mais intenso cotidiano.
Rádio ligado, O papo em dia... As visinhas lavam, torcem, estendem, mas não deixam a coversa morna. Sempre quente. Conversinhas bizarras da vida alheia. Muitas vezes sussurradas para não ser ouvidas. Mas, certas escapolem, viram fofoca, e logo dizem às vizinhas que estão fora, ficam cegas surdas e mudas. E assim, vai às dóceis manhãs orvalhadas, e repletas de felicidade.
Em tardes quentes, ardentes, evolventes.... As árvores são o refúgio para tanta gente com calor. Que fruem a sombra, e cada balanço de vento. Fazem círculos de amizades, e cantam à algazarra do violão. Toma aquele tererê refrescante, mas bem acompanhado, de papo furado, piadas sem pé e sem cabeça, e risadas escandalosas. Falam da lida, da vida árdua, do amor, trabalho, igreja, futebol e política.
Fim de Tardes, onde o campo de futebol é a magia, em cada partida, uma emoção. Na arquibancada os fanáticos deliram, com a dança da bola, que rola, sapateia no chão. E a driblada fascinante do jogador? Incrível. As crianças brincam de pique no ar, pega-pega, esconde-esconde, queimada, e amarelinha, sem poder ao todas citar, são tantas. É gracioso, pois fazem o de seu chão o lugar mais incrível.
Vem à tão esperada noite, o povo se anima para a folia, tem bar, bailão, e poesia. Não dá pra resistir, La vai tristeza e solidão, todos querem se gracejar, festejar, amar.... Quanto fascínio,é olhar o cotidiano, Às manhãs, às tardes, e noites inesquecíveis.
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