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O EXERCITO, A NOSSA PRAIA E A DILMA
HSERPA

O EXERCITO, "A NOSSA PRAIA", E A DILMA

Logo depois de terminada o período da nossa ditadura de direita, cabe frisar, pois naquela época alguma ditadura tinha, em países como o nosso ainda em auto afirmação, ou seja, a maioria.

E aqui felizmente dos males o menor, fomos de direita, pois não sobraria nenhum estudante da USP ou de qualquer outra universidade federal do país vivo, pois eles seriam considerados os filhos da burguesia como era a nossa presidenta Dilma, e que realmente todos eram, e seriam fuzilados não muito tempo depois da vitória da revolução que eles queriam, como ocorreu em qualquer ditadura de esquerda.

Che Guevara só sobreviveu a Fidel porque saiu pelo mundo, pois lá não haveria lugar para os dois. Eu cá tenho minhas dúvidas se não foi o próprio Fidel que encorajou o amigo a sair por ai dando tiros.

Em qualquer país de ditadura de esquerda a classe média pensante foi massacrada e em países como o nosso, cuja ditadura foi de direita, foram justamente estes que pegaram em armas e que seriam os primeiros a irem para o “paredão”.

Então parece que eram mazoquistas ou totalmente ignorantes, mas o mais certo é que eram metidos e manipulados. Estavam dando um tiro no próprio pé já que lutavam pró soviéticos e se esqueciam que eram eles próprios os tais boyzinhos da classe dominante, os tais filhos da burguesia.

Como na revolução francesa que um ano depois todos os líderes revolucionários já estavam sendo fuzilado pelos seus remanescentes o mesmo aconteceria com eles.

A briga pelo poder não pararia, assim como aconteceu na própria Rússia onde prevaleceu quem mais traiu e matou, que foi Stalin.

Bom, a história é que logo depois da derrocada do nosso período de exceção lembro-me de ter lido uma entrevista de Delfim Neto onde ele dizia, mais ou menos, que dava dó, pois os militares certinhos como eram, se viam na necessidade de fazer negócios com civis e destes muitos foram criados nas areias de Copacabana, Ipanema e Leblon, portanto sobrava malandragem para estes lidarem com aqueles e que, quando mal intencionados, se aproveitavam das relações.

Para quem serviu no exército, eu servi só por três meses, graças aos esforços da minha mãe que me tirou de lá, deu para entender o que ele quis dizer, pois ficávamos cercados por muros de quase três metros, sem nenhum contato com o mundo exterior durante quase todas as 24 horas do dia, tanto nós soldados, como os oficiais.

Só saiamos para a rua à noite, isto quando dava e às oito da noite, e de qualquer forma tínhamos que estar logo cedo, as seis horas, de volta o que particularmente para mim era um horror, pois nunca me acostumei a acordar cedo.

Lá dentro daqueles muros só se falava, claro, em marcha, disciplina, exercícios, refeitório, etc., mas, engraçado, nunca falavam da revolução que estava a pleno vapor e no final quase todos meus amigos foram expulsos.

Não por serem maus elementos, mas simplesmente por inadequação e espirito libertário.

O fato de não tocarem no assunto "revolução" para os soldados mostra que sabiam separar as coisas e faziamos guarda sem nenhuma preocupação e eu vivia dormindo nas cancelas.

Só pessoal como o da turma da Dilma achavam que estavam fazendo alguma coisa pegando em armas para matar soldados como nós que não sabiamos nada de nada.

Mas enquanto os “mais bem comportados” davam baixa já em Dezembro, meus amigos só saíram lá por marco/abril. Nisso o exercito era esperto quanto mais folgado era o cara mais sofria, e mais tempo ficava lá dentro, e só no final da extensão máxima permitida de permanência é que eram mandados embora.

Uma coisa eu e todos os meus amigos tinhamos consciência:

Lá dentro o mundo era muito lento e chato para nós. Nós não tínhamos nascido para aquilo e pena que serviço não fosse opcional, pois com certeza tinham muitos que gostavam da vida de caserna.

Ninguém é melhor que o outro somos apenas diferentes e com ideais diferentes.

Em um mês de praia aprendiamos mais que em um ano dentro daqueles muros.

Delfim estava certo e errados foram aqueles que não ficaram nem no exercito, nem gostavam de uma prainha, e resolveram pegar em armas.

E eles nem sabem como foi bom para nós o fato de eles terem sido só uns gatos pingados metidos e logo dominados, pois o nosso país não mereceria ver atos terroristas serem praticados contra a nossa gente por um ideário de viés idiota que se provou muito mais sanguinário.

Aqueles "filhinhos de papai" , por influência, nunca pegavam exercito, só o povão, e não tiveram importância nenhuma na derrocada da ditadura ocorrida bem depois.

Em Cuba, por ser uma ilha, e em outros países, o comunismo só se manteve devido às condições de limitações geográficas ou climáticas (a Sibéria que o diga) e que não daria certo num país continental como o nosso, onde poderíamos fugir por todos os lados.

“E a nossa praia oh, iria pro espaço”.

Quem não viu as fotos da nossa presidente com cara de machinha lá nos aparatos da ditadura está conhecendo agora o seu viés autoritário, que não sabe delegar nada, é centralizadora, como são os comunistas, e está se metendo até no plano de voo do avião que a leva para cá e para lá. Coitado do piloto e aparentemente de nós também.

Ela deveria ter pego mais praia, teria feito bem para ela.

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"Não é o lugar em que nos encontramos nem as exterioridades que tornam as pessoas felizes; a felicidade provém do íntimo, daquilo que o ser humano sente dentro de si mesmo' Roselis von Sass – www.graal.org.br


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Uma vida inteira em busca da realização do saber seguinte: "Não é o lugar em que nos encontramos nem as exterioridades que tornam as pessoas felizes; a felicidade provém do íntimo, daquilo que o ser humano sente dentro de si mesmo' Roselis von Sass – www.graal.org.br www.hserpa.prosaeverso.net
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