Por John Piper
Pense comigo por um momento sobre educação e relacionamentos. Alguns de vocês se preocupam profundamente para que a EDUCAÇÃO PARA EXULTAÇÃO não ignore ou marginalize relacionamentos de amor. Eles são essenciais numa educação real, duradoura e transformadora de vidas. Amém!
Assim, eu me volto para a Bíblia. Eu encontro no lugar das palavras “educação” e “relacionamento,” as palavras “verdade” e “amor.” Assim, o que a Bíblia diz sobre como a verdade e o amor se relacionam um com o outro? Há pelo menos quatro maneiras de falar sobre este relacionamento
1. A verdade tem como objetivo o amor.
“O objetivo desta instrução é o amor que procede de um coração puro, de uma boa consciência e de uma fé sincera” (1Timóteo 1:5, NVI). Note: a instrução não é o objetivo, mas sim o amor. A instrução é o meio. Ela é subordinada. A verdade serve o amor. A educação serve os relacionamentos—principalmente o relacionamento entre nós e Deus, mas também entre cristão e cristão, e entre nós e os que não creem. O “objetivo” de toda a nossa educação é o amor.
“Apeguemo-nos com firmeza à esperança que professamos, pois aquele que prometeu é fiel. E consideremos uns aos outros para nos incentivarmos ao amor e às boas obras... encorajar-nos uns aos outros” (Hebreus 10:23-25). O objetivo de “considerar uns aos outros” e “encorajar uns aos outros” é para que nos incentivemos ao amor. Misturamos a “esperança que professamos” com o “uns aos outros,” e o efeito é incentivar uns aos outros ao amor. A verdade da doutrina e a verdade do povo vigilante unidos objetivando o amor.
2. O amor tem com objetivo a verdade.
“O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade” (1Coríntios 13:6). O amor se alegra quando a verdade é proclamada. Portanto, o amor tem como objetivo a verdade. Ele apóia a verdade.
“Pois eu lhes escrevi com grande aflição e angústia de coração, e com muitas lágrimas, não para entristecê-los, mas para que soubessem como é profundo o meu amor por vocês” (2Coríntios 2:4). Aqui está um exemplo de como o amor tem como objetivo a verdade. Paulo está cheio de amor e isso o compele a escrever uma carta que foi severa, e que causou aflição nele e nos coríntios. Mas era necessário que aquilo fosse dito. O amor fala a verdade pessoal e doutrinariamente.
3. O amor muda como falamos a verdade.
“Antes, falando a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo” (Efésios 4:15, versão do autor). Há uma maneira não amável de falar a verdade. Deveríamos repudiar este tipo de discurso. Mas há uma forma de falar a verdade em amor, e esta deveríamos aspirar. Ela não é sempre uma forma delicada de se falar, caso contrário Jesus teria sido acusado de carecer de amor ao tratar com algumas pessoas nos Evangelhos. Mas ela pergunta qual é a coisa mais útil a se dizer quando todas as coisas são consideradas. Algumas vezes o que teria sido uma palavra dura para um grupo é um ato de amor necessário para outro, e não uma injustiça para com o grupo ao qual se dirigiu. Mas em geral, o amor dispõe a verdade em palavras e formas que são pacientes e gentis (2 Timóteo 2:24-25).
4. A verdade se manifesta quando demonstramos o amor.
“Assim sabemos que amamos os filhos de Deus: amando a Deus e obedecendo aos seus mandamentos. Porque nisto consiste o amor a Deus: em obedecer aos seus mandamentos. E os seus mandamentos não são pesados” (1João 5:2). Não é sempre óbvio quais atos são amorosos. Assim, João nos diz uma verdade que nos ajudará a saber se nossos atos são amorosos ou não. Um teste verdadeiro para o nosso amor é se estamos obedecendo aos mandamentos de Deus para com as pessoas. Em outras palavras, o amor não pode ser separado da verdade da vontade de Deus. A verdade se manifesta quando demonstramos o amor.
Oremos para que Deus faça com que o seu amor e verdade abundem em nosso meio, de todas estas formas, para a glória do seu amor cheio de verdade e da sua verdade cheia de amor.
Pastor John
|