Respiro profundamente,
busco a mais doce calma em mim...
Admiração e respeito me tomam.
Abro as portas da criação.
Olho para todas diante de mim,
observo as cores, as formas.
Abraço as flores em maços escolhidos,
os levo comigo.
Agora sim, as preparo zelosamente,
de forma delicada para que não
se quebrem ... retiro as folhas e espinhos...
acomodo todas lado a lado...
Vem o momento esperado!
Na mão esquerda arranjo tres folhas de Avencão.
Dou um giro, coloco um lírio vinho,
giro novamente, componho uma Alstroméria Santorini...
Mais um giro, a vez da Rosa Cool, outro giro
um galho de Ruscus, em outro Crisântemo Amparo...
Sigo girando e acrescentando flor a flor,
Gladiolo Rose, repito ruscus, o Lirio vinho,
vem outra Alstroméria...
Apesar de certo cansaço na mão que acolhe as esperiais de flores, o prazer vence,
não posso soltar, o encanto se desfaría, então prossigo...
Incluo Gypsophila para dar leveza.
Vou repetindo cada uma das escolhidas em espirais.
Na medida que as flores vão compondo a beleza campestre na parte superior,
embaixo performanceiam os caules em espiral.
E assim, vou até o desfecho final...
último giro de avencões em espiral ...
Amarro cuidadosamente o arranjo,
aparo todas hastes, felizmente o resultado esperado...
Coloco o arranjo de pé sobre a mesa, me afasto vagarosamente ...
Encontro o melhor angulo,
contemplo com satisfação
beleza em espiral...na arte floral !
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