Presos nesta terra de
imageticamente determinados.
Entregues nesta selva,
de águias, morte e sangue,
não somos filhos de Hollywood
nem no que a história vê.
Busco a luz da lua
que minha noite expande.
Pra me envaidecer do deslumbre de poder ser alguém.
Nasci em berço de puro ouro,
mas cortaram o umbilical cedo demais,
e da cabeça baixa consigo
no máximo fazer suor em pão.
De tão preto, me fiz carvão.
Ascender como a luz de um fósforo,
e ver novembro estrelar em meu peito,
sorrir Zumbi nos olhos dessa nossa gente.
Lutar, ter King em nossos passos, negro.
Enegrecer...
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