Minha letra compartilha meu medo de fazer-me ver.
A cada espaço a sombra de minhas memórias atônitas,
de meus crimes
de minhas fomes.
Faço-me ler mais no que não digo,
no que desejo esconder de olhos acusadores
perdidos numa tarde cinzenta,
mas que não me abandonam,
insistem em perguntar
- por quê?
Diante da dúvida que sangra,
fechadas feridas no verso
abertas enquanto no peito.
Eternamente.
Ternamente
Na mente
Mente.
“Mentes”
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