Na solidão de um casarão vazio
morreu um pedaço do meu passado.
Na Rua do Futuro, meu nome calado,
Luminosas sombras ensaiam um adeus.
Quanto devo e quanto esqueço.
A mão estendida agora jaz
no abismo dissoluto de minh’alma
como uma boa lembrança
ou um sorriso na cabeceira da mesa.
Quanto tive e quanto ofereci.
Olho os degraus da escada esmaecidos.
Olho mais uma vez no prenúncio do soluço.
A cada foto que apagada sorrisos mortos guardo:
Obrigado, obrigado, obrigado.
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