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O suplício da borboleta
Maria

O silêncio
É a única voz
Que ouço agora.

Dizem que
O silêncio não dói.
Como não?
Nos deixa,
Moídos de dor.
Dilacerados,
Rasgados,
Pelos ventos
De ontem.

E o ontem,
Ainda não terminou.

O ontem será eterno
Tem asas, voa,
Para sempre
À frente ficar.

Para cada dia lembrar,
Quem você é de verdade.

Uma coisa vazia,
Sem valor.
Um farrapo,
Um trapo,
Sem esplendor.

Existe maior suplício do que esse?
Contemplar a própria miséria?
Descobrir tua culpa, teu fardo
Só por ser alguém?
Existir?

É este o castigo,
Merecido castigo:

Passar o resto dos dias
Como uma borboleta
Nascida torta,
De asas quebradas.

Uma borboleta,
Que devia encantar
E embelezar,
Àqueles que
Nela tocassem.

No entanto assim,
Nascida torta,
Quem a toca
Se enche
De tristeza,
De dor.

E por isso,
Só lhe resta
Pelo chão ficar
Pelos poucos dias
Que lhe ficaram.

Para seu eterno
E dolorido,
Muito dolorido
Suplício,
Carregar.


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