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C A N T O C H Ã O
Moacyr Medeiros Alves

O cão parou de latir.
São 2:30 da madrugada.
Perdi o sono faz meia hora
E há meia hora vinha ouvindo-o:
Ora ladrava, ora uivava,
Num monocórdico cantochão
De animal apaixonado.   

Acordei de madrugada
não porque seja insone.
Durmo muito bem.
Mais até do que a conta!
E não foi o enjoado ladrido
que me acordou.
Creio que a sesta da tarde
Alterou meu biocontrole de sono
E quedou-me acordado
A estas horas nesta cama,
A imaginar que a vida se assemelha
A esse mononórdico cantochão canino
Que acabo de ouvir,
E que cessou por fim
Como tudo tem seu termo:
Até esta enfadonha vida terrestre!




Biografia:
- Moacyr Medeiros Alves, o Moa, como gosta de ser chamado, nasceu em Agudos (SP) em 08/03/1936, já órfão de pai -- seu pai faleceu 6 meses antes de seu nascimento. Sua mãe, viúva com 5 filhos, mudou-se em princípios de 1.940 para a capital do estado, indo morar em habitações coletivas, os chamados cortiços, no bairro do "Bixiga", onde ele passou a infância. Em dezembro de 1.950 o Moa, que já trabalhava desde os 9 anos de idade, ingressou como "office-boy" na organização Philips, empresa holandesa do ramo eletrônico. Trabalhando de dia e estudando de noite, conseguiu, com sacrifício, concluir o curso técnico de contabilidade. Em 1.959, aprovado em concurso público, entrou para o quadro de escriturários do Banco do Brasil onde trabalhou até 1.982, aposentando-se como gerente-adjunto da agência de Itararé (SP). Grande apreciador do cancioneiro popular brasileiro, do período que abrange a denominada "Época de Ouro" de nossa música, tem em sua discoteca, entre LPs e CDs, obras de quase todos os cantores e instrumentistas do tempo em que -- como dizia o radialista Rubens de Moraes Saremento -- "as fábricas de pandeiro davam lucro". Além de escrever "abobrinhas", como ele próprio define seus escritos, o Moa tem ainda como "hobby" a leitura e a fotografia.
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