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Maravilhas do Plim-Plim, isso sim! Numa época em que milhões de pessoas ao redor do mundo fariam qualquer coisa por alguns minutinhos de fama (ou pela sobrevida dos minutinhos, no caso de ex-participantes de Realities e tal), nossa digníssima ex-primeira dama dita a cartilha certeira! Ou não foi um belo merchandising da auto-imagem – e de quebra do livro que Rosane pretende lançar – o que aconteceu no Fantástico de ontem?
O programa fez sua parte, como só o Fantástico é capaz de fazer: protelou ao máximo a exibição da entrevista, com chamadas escandalosas de minuto a minuto. No fim das contas, quem estava em frente à TV já esperava que Dona Collor fosse mais eficiente que a ABIN, e resolvesse todos os misteriosos casos do governo de Fernando Collor em rede nacional, rapidinho.
É claro que não foi assim. O que se seguiu foi a imagem de uma religiosa senhora recém-convertida que, enquanto vive às custas da polpuda pensão de R$18 mil que recebe do ex-marido, despejava a podridão de que fez parte no cenário político nacional. É repugnante como Rosane Collor lucra pela SEGUNDA vez com todo o mal que ajudou a causar ao nosso país: se lucrou pela primeira vez ao participar de fraudes, magia negra e toda sorte de corrupção, agora lucra novamente com a exposição na mídia oferecida pela Rede Globo e com a publicação de seu ridículo livro de confissões. Quanta cara-de-pau!
Contudo, a ironia está sempre a nosso favor, e as metáforas também. Não foi interessante que no mesmo dia o Fantástico nos fizesse relembrar criminosas como Elize Matsunaga, Suzane Richthofen e Anna Carolina Jatobá? Essas estão presas, essas mataram e foram (ou estão sendo) julgadas pela opinião pública e pela Lei. Suzane agora é pastora evangélica, assim como Rosane. Anna Carolina trabalha para reduzir a pena, e provavelmente Elize também o fará. A fama que conquistaram com seus delitos depõe CONTRA elas, e nenhuma escreverá um livro sobre como cometeram seus crimes, nem ganhará dinheiro com isso – ao menos assim espero.
Ou seja: pior que o crime cometido é continuar pelo resto da vida aproveitando-se de seus restos, como um abutre. No caso de Rosane Collor e sua corja, um dos crimes mais vergonhosos da História, e cometido contra toda uma Nação.
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