Amor e ódio. Alegria e tristeza. Ninguém pode negar que Roger mexeu com o esporte mineiro, com nossa emoção. Protagonizou partidas heróicas, dignas de um guerreiro, como no título mineiro de 2011 e no inesquecível massacre imposto aos atleticanos no fim do campeonato brasileiro do ano passado por 6X1.
Igualmente não poderemos esquecer o vexame da eliminação para o Once Caldas, quando o jogador, visivelmente desequilibrado emocionalmente, foi expulso no início do jogo, desfalcando de forma decisiva o time.
Faltou regularidade ao jogador que chegou ao Cruzeiro com a fama de pipoqueiro, de “chinelinho”. Quando jogou, jogou muito. A mesma sorte que o transformou no carrasco alvinegro, faltou à sua condição física. Quando jogava, era intenso, mas pouco jogou. E como os times precisam de jogadores que estejam dentro de campo, ou disponíveis para entrar, termina de forma melancólica sua trajetória no Cruzeiro.
Talvez, quando chegou à Toca, Roger fosse mesmo um jogador frágil e pouco participativo. Mas vestir a camisa do Cruzeiro transformou-o completamente. Quando entrava em campo (quando entrava), era um verdadeiro dínamo, um Guerreiro Azul!
Daqui a 200 anos, os descendentes de Roger ainda poderão ver seu nome na galeria histórica do Clube. Até o último dia de quantas vidas eu tiver, não esquecerei o time que estava em campo naqueles 6X1. Não eram homens, eram guerreiros! Mais que guerreiros, eram heróis. E Roger estava lá, comandando o espetáculo, o maior espetáculo que já assisti!
Que Deus o ilumine, GUERREIRO AZUL, nesta sua trajetória que se seguirá. Em nome da infinita torcida azul, que carinhosamente o acolheu, e a quem retribuiu com momentos inesquecíveis, digo, com o coração limpo: “MUITO OBRIGADO!”
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