Sob o sol que alimenta muitos girassóis,
os rios cheios de peixes e águas brilhando,
entre andorinhas, cabras livres aos bandos,
esticando as cordas e afrouxando os nós.
Corumbá, Corumbá, que saudade me dá!
Corumbá, Corumbá, um dia hei de voltar.
Nas asas das garças brancas do rio,
o trilheiro de pescadores e compadrio,
barcos, canoas, peixe assado e peixe frito,
e siriemas correndo ao ouvirem o grito.
Corumbá, Corumbá, que saudade me dá!
Corumbá, Corumbá, um dia hei de voltar.
Mascates-trapezistas sobre nossas cabeças,
a provocar ondas no rio e espumas espessas,
'pulando os sapos e os fragmentos do chão'
sem contar com leis da física ou proibição.
Corumbá, Corumbá, que saudade me dá!
Corumbá, Corumbá, um dia hei de voltar.
Bugios na lama, com rãs até os joelhos,
livres, delirando e com fértil imaginação,
entre processos de defesa e conselhos,
matando saudade para além da transgressão.
Corumbá, Corumbá, que saudade me dá!
Corumbá, Corumbá, um dia hei de voltar.
(Poema inspirado nos escritos de Manoel de Barros e "Primeiro os que mais precisam")
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Biografia: Tércio Sthal, Natural de Tupã, SP, Poeta e Escritor, MBA em Gestão de Pessoas, Cadeira de nº 28 da Academia Nacional de Letras do Portal do Poeta Brasileiro, com publicações em coletâneas da Shan Editores, Autor de a Cidade das Águas Azuis e O Menino do Dedo Torto, Do Abstrato ao Adjacente, Inferências, Referências e Preferências em http://bookess.com e Lâminas e Recortes em Widbook.com
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