Com base em certos filósofos, idéias inatas não provêm da nossa experiência, pois elas estão no nosso espírito desde que nascemos.
Já para colocar alguém a par de alguma ação premeditada, no contexto psicológico, o paciente deve estabelecer uma relação com o terapeuta, para atrair para si o que busca dentro do espaço desejado no encadeamento das idéias, pois se não sabemos a situação, não haverá compreensão, que sendo interpretada equivocadamente apenas gerará outro processo equivocado e de lamentáveis consequências.
Ainda repercute o lançamento do livro didático “Por Uma Vida Melhor” aprovado pelo Ministério da Educação, que promove o não ensino da norma culta, ou seja, o português formal, como coroamento do descaso ao povo brasileiro, por alguns luminares da cultura nacional, submetendo determinadas classes de alunos porque falam e escrevem errado.
Como se já não bastasse o preconceito, ao terror do fantasma que impede a oportunidade do progresso, obriga-os a viver permanentemente no seu passado de ignorância, não se importando evidentemente com a crueldade da discriminação.
O Ministério da Educação informou que a norma culta da língua será sempre a exigida nas provas e avaliações, mas que o livro publicado estimula a formação de cidadãos para que usem a língua com flexibilidade.
O livro foi tão criticado que cheguei a pensar que até quem o concebeu o renegou, pois ele nega nosso direito de bem usar nosso idioma, talvez como uma das únicas facetas que possa no distinguir do subdesenvolvimento, mundo afora.
Com isso, em benefício da desinformação, o MEC deseja que as nossas escolas onde labutam abnegados mestres, ignorem o idioma padrão que todos temos o direito de discernir, como se fossemos incapazes.
A decepção com a obrigatoriedade de engolir livros oficiais como esse, distribuído para mais de 500 mil alunos, impedirá que desta forma se possa descobrir por que pessoas se tornam queridas, pois a comunicação não se estabelecerá.
Mas eu posso falar “os livro?”. Claro que pode, autoriza o MEC. Mas fique atento porque, dependendo da situação, você corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico, alerta.
As chamadas redes sociais mudaram completamente a forma de comunicação, a ponto de estarmos em contato instantâneo com pessoas do nosso relacionamento em qualquer país do mundo, simultaneamente, inclusive para intercâmbio cultural, o que favorece a experiência, mas, não em nossa língua, porque um idioma universal ainda não foi posto em prática, embora tentativas não faltem.
Fico entristecido quando vejo a baixa qualidade da escrita de muitos internautas, além do comportamento inadequado.
O Ministério Público Federal (MPF) arquivou inquérito civil público contra o Ministério da Educação (MEC) por ter autorizado a distribuição do livro didático com "erros de concordância, e o ministro da Educação no Senado Federal, explicou, mas não justificou a obra, dizendo que as críticas são de quem analisa frases fora do contexto.
Não seria o caso de perguntar aos nossos governantes que apóiam aberrações em livros como é o caso do nosso assunto aqui, em começar já uma campanha, via ferramentais da internet, para que nosso povo leia e escreva melhor, sem se deixar burlar por escritas ininteligíveis e palavras xulas?
Seria pedir demais para quem escreve pedir uma escrita clara, objetiva e deixando transparecer pensamentos úteis?
Aquilo que escrevemos, além de contar quem somos, em realidade o queremos mesmo é uma pátria melhor organizada onde pelo menos o respeito dos governantes por nós se revele.
Pior do que aplicarmos mal o uso do nosso próprio idioma é termos que conviver com as infantilidades e atitudes de pessoas mal resolvidas, que trazem para o mundo real e virtual suas insatisfações pessoais ou convivem com a agressividade como deixaram fazer no livro chancelado pelo governo.
Cada um é responsável por aquilo que faz e, portanto, pelo conteúdo de sua escrita.
Mas, devemos refletir que o livro é, e continuará sendo instrumento para contribuir, positivamente, para o crescimento do ser humano. Continuará sendo um instrumento, para que nossos governantes aprendam como cumprir seu papel social.
Uma palavra dita a alguma pessoa não tem volta e pode marcar o futuro dela. Às vezes, quando nos identificamos intensamente com uma determinada visão do mundo, é necessário que haja uma crise pessoal intensa para nos levar a buscar algo melhor.
Quanto ao livro, é ele que nos leva a traçar metas e ambicionar bons resultados desde que iniciamos a vida.
Sem um bom livro é impossível encontrar o que buscamos.
Mas, não tem problema, qualquer coisa a gente culpa a escola.
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