A vida pode ser muito boa , inclusive a de um adolescente, sem preocupações, ou com todas as preocupações do mundo ,e o bom de tudo é que nós não carregamos essa culpa sozinhos, ela é dividida para mais um infinito de adolescentes vivendo o mesmo dilema que o meu .Só que o único problema é que muitas vezes não conseguimos ser amigos dos que compartilham a mesma cruz. Digo isso com firmeza porque sei muito bem o como é esse problema:
Tudo começou com a minha transferência de escola, eu estudava em um colégio particular, tinha muitos amigos, festas, enfim tinha o paraíso em minhas mãos !
Só que tive de me mudar para uma escola pública em que lá fui infeliz pelo resto dos quatro anos seguidos.
Como eu era tímida não conseguia fazer amizades com ninguém ou pelo menos não queria. Passava todas as aulas, intervalos, trabalhos sozinhos sem nenhum amigo, para compartilhar os novos momentos da minha vida.
Não insultava ninguém, não fazia mal algum para ninguém daquela escola. Mais por meu jeito de ser fizeram uma brincadeira de muito mau gosto.
Era aula de química umas das minhas prediletas, tinha um pequeno projeto para apresentar. Só que os elementos químicos foram trocados justamente na hora da minha apresentação, não aconteceu nenhuma explosão como em filmes, surgiu apenas uma vontade imensa de chorar e sair correndo. Eu sabia quem era mais não queria incriminar o culpado, queria apenas ganhar meus pontos com um trabalho que fiz sem a ajuda e ninguém.
Passei dias e noites pensando o que tinha que fazer, ou se eu podia fazer. Até que de repente parecia que eu não respondia pelos meus atos e queria apenas me vingar, foi então que bolei um plano que como todo plano tinha chances de ser concluído com sucesso.
No dia seguinte não tinha aula. Mais tinha um plano para concluir, de manha bem cedinho saí e fui para entrada da minha escola, estava irreconhecível, então comecei a escrever barbaridades que jamais existiram, apenas em minha cabeça que estava impulsiva apenas com o objetivo de assinar no final o seu nome. Na hora não tive dimensão do tanto que era infantil a minha atitude. Acontece que a vingança é um prato que se come frio e que você nunca vai saber o gosto verdadeiro.
E o fim da minha história termina com um eterno peso na consciência de ter destruído a vida de uma pessoa que jamais desejaria o mal para ela, apenas desejado que ela sinta na pele o que senti. Mais concerteza ela nunca vai sentir o que eu sinto e para sempre terei de carregar um peso na consciência que a cada dia vai matar um pedaço de dentro de mim.
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